segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Violência Doméstica

PARTE 1 

Muitas são as pessoas que definem violência doméstica como agressão física feita pelo marido à mulher. Ela existe em todos os países e atinge todas as classes sociais. É o sintoma mais visível da desigualdade de poderes nas relações entre homens e mulheres. Durante muito tempo foi considerada como um tabu. Ninguém falava dela, ninguém admitia tê-la testemunhado, ninguém fazia nada para impedir, hoje, o assunto é mais publico embora continue a existir um muro de silêncio em torno das vítimas. Este silêncio muitas vezes normalmente surge do medo de represarias.
A violência doméstica é um problema universal que atinge milhares de pessoas, em grande número de vezes de forma silenciosa e dissimuladamente.
Trata-se de um problema que acomete ambos os sexos e não costuma obedecer nenhum nível social, económico, religioso ou cultural específico, como poderiam pensar alguns.
Sua importância é relevante sob dois aspectos; primeiro, devido ao sofrimento indescritível que imputa às suas vítimas, muitas vezes silenciosas e, em segundo, porque, comprovadamente, a violência doméstica, incluindo aí a Negligência Precoce e o Abuso Sexual, podem impedir um bom desenvolvimento físico e mental da vítima.
Segundo o Ministério da Saúde, as agressões constituem a principal causa de morte de jovens entre 5 e 19 anos. A maior parte dessas agressões provém do ambiente doméstico.


Conceito:

Violência Doméstica – é qualquer acto, omissão ou conduta que provoque sofrimentos físicos, sexuais, psicológicos ou económicos, de modo directo ou indirecto, por meio de ameaças, enganos, coação ou qualquer outro meio, a qualquer pessoa que habite na mesma casa (pais, filhos, conjugues, companheiros ou namorados e ainda crianças, jovens e idosos) ou que, não habitando na mesma casa que o agressor, seja conjugue ou companheira ou ex-conjugue ou ex-companheira, ou tenha uma relação de parentesco directa.
O Ministério da Justiça, paralelamente às novas disposições legais conducentes a sanção penal dos agressores vem desenvolvendo, em articulação com o Instituto da Condição Feminina actividades com o objectivo de assegurar uma maior protecção as vítimas, fomentar a cooperação e a coordenação entre as varias entidades envolvidas neste combate, apoiar as organizações não governamentais (ONG) que actuam neste área, aumentar a qualidade e a quantidade da informação relativa contra as mulheres.
Para a consolidação e eficácia destas acções é necessário sensibilizar as autoridades públicas e todos os profissionais que de alguma forma tomam contacto com esta problemática, pois, violência doméstica é um fenômeno que exige uma abordagem cuidada e profissional, já pelas especificidades próprias da vítima, constrangimentos e renitências, já pelo tipo do crime cujo combate implica uma ingerência na intimidade e privacidade familiar.




Pajovi

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Carta aberta à minha irmã.

          Não me lembro bem como era quando te conheci, as memórias estão baralhadas na minha cabeça, tenho montanhas delas, umas boas, outras nem tanto.
             Não me lembro de quando ficámos tão longe um do outro, nem o porquê, lembrar-te-ás tu?  
            Somos diferentes um do outro! Será que somos? Bem eu sou introvertido e penso que tu não o és. Penso em ti como sendo extrovertida, brincalhona! Serás assim como eu te imagino? Às vezes penso que te desiludi, será que foi isso que criou o fosso que nos separou durante tantos anos?
            Quando te conheci, senti sentimentos contraditórios, não os soube avaliar completamente, não sei se ainda hoje os consigo analisar mesmo após todos estes anos.          
            Após algum tempo e com a doença do pai, atravessei uma situação complicada e de sentimentos antagónicos. Os dias em que tive de andar com ele de um lado para o outro, o dispêndio monetário e de tempo e as grandes complicações que tudo isso envolveu, a título pessoal e familiar. Toda esta situação me transtornou.
            Falando um pouco do pai. Tu nunca o conheceste na realidade, as poucas vezes que estiveste com ele não deu por certo para te aperceber de quem ele era. Ele nunca foi um pai muito presente na minha vida. Tal como tu, eu também não tive o apoio de um pai na acepção da palavra. Excepção feita nos últimos anos de vida, talvez porque ele estava mais dependente.
            Quando era mais jovem e nas alturas em que mais necessitei de ter alguém que me compreendesse e me apoiasse, ele não estava lá. O meu mentor ou o meu apoio na minha juventude foi o avô! Estava sempre lá quando era preciso, para me apoiar, para me incentivar, para me escutar. Foi com ele que ganhei o gosto pela leitura, foi ele quem me ensinou a conduzir, era com ele que desabafava. Simplesmente estava sempre lá. 
             Sempre que necessitava de um conselho, eu ia ao Cartaxo para falar com ele. É bom não esquecer que eu saí do Cartaxo sozinho aos 15 anos.
            É a primeira vez que desabafo desta maneira, não sei porque nunca o fiz, nem sei muito bem porque estou agora a fazê-lo.
           Todos nós estamos a precisar de um tempo, para analisar tudo o que sentimos.  Que necessito de te ver é inquestionável. Explicar tudo o que aconteceu não consigo.
             És minha irmã e Amo-te. Não sei explicar porquê mas Amo-te! Mesmo que não o mostre como deveria. Mas sim, Amo-te.



Pajovi            2014

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

A RESPONSABILIDADE SOCIAL DO CRISTÃO

A nossa fé em Cristo, leva-nos necessariamente a intervir a favor do próximo. Sempre que essa acção faltar, é porque na verdade há falta de fé e desobediência à vontade de Deus.
Por isso, apontando para a responsabilidade social que nos cabe como cristãos, devemos, antes de mais nada, confessar que muito temos pecado diante do Senhor, pela nossa omissão.
Quantas vezes aconteceu, termos conhecimento de alguém que estava a passar fome e não lhe demos de comer? De alguém em dificuldades e não lhe demos atenção?
Nós ao alhearmo-nos dos problemas das nossas comunidades, ou fecharmos os olhos, diante do que se passa ao redor de nossos templos, estamos a contrariar a vontade de DEUS.
 Ao omitirmos o que se passa na sociedade, fechando os olhos diante das injustiças sofridas por pessoas ao nosso redor, estamos a contrariar a vontade do nosso DEUS.
 Nós assim, ao ignorarmos o sofrimento de povos e indivíduos em todo o mundo, estamos a contrariar a vontade do nosso DEUS.
 Agindo assim, tornamo-nos desobedientes e negamos aquele que confessamos como nosso Senhor.
 Cabe-nos pois como cristãos, como comunidade e como Igreja inserida na sociedade, reconhecer a nossa culpa, arrepender-nos e pedir perdão, expressando tudo isto numa ação eficaz, obedecendo assim à vontade do nosso SENHOR E SALVADOR JESUS CRISTO.
Como cristãos confessamos que a vida é uma dádiva de Deus. Tudo o que somos, e tudo quanto temos, DELE provêm; As nossas capacidades técnicas e intelectuais, a natureza e o mundo.
 A responsabilidade pelo uso de tudo isto é nossa mas, devemo-la ao próprio DEUS (Gen. 1:26-28). Ao nosso lado encontram-se os nossos semelhantes, igualmente agraciados(Isa. 11:1-10), não temos pois o direito de fazer uso deles, pelo contrário, devemos garantir-lhes tudo quanto lhes é de direito. Por tudo que fizer-mos, iremos prestar contas ao Criador, Senhor único de todos os homens.
A boa sociedade compreende para todos, trabalho, saúde, habitação, sustento, cultura,  lazer, convivência e liberdade. Sempre que um desses elementos faltar para um só ou mais seres humanos, observamos um mundo caído, rebelde para com DEUS (Rm. 1:28-32). A consciência cristã acusa o pecado, tanto na esfera individual como na social (Rm. 3:9-18). O excesso e o abuso, bem como as distorções destes elementos, são o outro lado da moeda: Sustento sem trabalho próprio e às custas do alheio (IITs. 3:10-13); consumismo esbanjador em vez de sustento básico (Ex. 20:8-11); trabalho escravo sem lazer, convivência marginalizada sem escola (Jr. 6:11-17); subsistência sem liberdade, são apenas algumas das possibilidades (Is. 5:8).
 Destruição da natureza, concentração de riqueza, emprego da força, infracção dos direitos dos outros são apenas algumas das consequências daquelas distorções fundamentais (Am. 5:7, 10-12).
Contudo, onde a consciência acusa, o Evangelho levanta a voz profética para chamar ao arrependimento, à libertação e à mudança radical (Mc. 1:15). O Evangelho é o próprio Jesus Cristo, que sofreu pelo mundo caído para libertar o homem pecador (Lc. 4:18-21). Por isso também hoje não conseguimos ver Deus no progresso, mas sim naqueles que são por ele triturados não no poder, mas naqueles que são por ele abatidos, não no dinheiro, mas naqueles que não têm como comprar o elementar para suas vidas (Mc 8.34-38).

Paulo Vilela     

Triunfar sem criticar, é o princípio básico de um líder!

  Se queremos triunfar na vida, não devemos criticar ninguém. Aqueles que criticam os outros são débeis, no entanto aquele que se autocrític...