Perder um ente
muito querido (por falecimento), é quase uma tragédia! São poucos os momentos
em que dores tão profundas como esta são sentidas. Não se sabe exatamente tudo
o que se perdeu com o amor e a amizade desse ser que partiu.
Não é somente uma pessoa que se vai
embora. Uma parte de nós também. Os sonhos, os bons momentos, os detalhes, o coatidiano,
os planos, tudo desaparece. O passeio combinado, que já não se faz, os
projectos feitos por ambos que já se não realizam. O
que é comum na perda é aquilo que dói. A ferida que fica aberta. O vazio. Uma
ausência que chora. O coração em pedaços. Toda a alegria transformada em
profunda tristeza. Não tem remédio, nem nunca terá.
É arrasador! É como morrer também um pouco de nós por dentro e continuar deambulando
por aí, sem sentido, sem direção.
Passado, presente e futuro
confundem-se com realidade e fantasia. A convivência um com o outro não é mais
possível. Só sobrou essa sensação de frustração de sentimento de perca.
Arrependimento de não ter feito mais de não ter convivido mais. Quando passamos
perto de certos locais que nos eram queridos, os sentidos traem-nos e as
lágrimas aparecem.
O tempo passa. Mesmo que a perda
seja negada. Os pensamentos felizes ficaram e os detalhes da vida
continuam espalhados pelo caminho. As lembranças dos dias que convivemos
são-nos gratas mas, dolorosas.
O ser de quem tanto gostávamos
partiu, mas o amor a amizade e a cumplicidade ficou. Ainda está lá. Pensamos
que temos de restaurar o que foi quebrado, que seja um arco-íris de novos
sonhos.
Que o colorido da primavera possa
brotar, após a escuridão do inverno, que a tua partida inesperada deixou.
As
saudades estão sempre presentes!
Até
sempre TITIZA.
Pajovi
2014