quarta-feira, 4 de novembro de 2015

ACERCA DO ORGULHO

ACERCA DO ORGULHO
Assim como todos os pecados que habitam no âmago da natureza humana, o orgulho também passou a fazer parte de nosso “ser” a partir da queda no Éden.
Mas esse mal já se tinha manifestado antes da criação, no coração de Lúcifer, quando ele ainda era um anjo de luz, vivendo numa posição privilegiada dada por Deus. Mas ao intentar o seu coração para o mal, quis ser como Deus, chegando ao ponto de querer o lugar do SENHOR. Como consequência foi lançado fora da presença de Deus para sempre.
Estiveste no Éden, jardim de Deus; de toda a pedra preciosa era a tua cobertura: sardónia, topázio, diamante, turquesa, ônix, jaspe, safira, carbúnculo, esmeralda e ouro; em ti se faziam os teus tambores e os teus pífaros; no dia em que foste criado foram preparados. Tu eras o querubim, ungido para cobrir, e te estabeleci; no monte santo de Deus estavas, no meio das pedras afogueadas andavas. Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado, até que se achou iniquidade em ti. Na multiplicação do teu comércio encheram o teu interior de violência, e pecaste; por isso te lancei, profanado, do monte de Deus, e te fiz perecer, ó querubim cobridor, do meio das pedras afogueadas. Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor; por terra te lancei, diante dos reis te pus, para que olhem para ti. Pela multidão das tuas iniquidades, pela injustiça do teu comércio profanaste os teus santuários; eu, pois, fiz sair do meio de ti um fogo, que te consumiu e te tornei em cinza sobre a terra, aos olhos de todos os que te veem. Ezequiel 28:13-18
Voltando à queda no Éden, desde então o nosso coração passou a ser terreno fértil para toda a sorte de sentimentos, principalmente os maus. A partir do momento que escolhemos uma vida distante de Deus, fazendo as nossas próprias escolhas e vivendo de acordo com os nossos próprios desejos, o nosso coração passou a exibir uma característica semelhante à de Lúcifer: o orgulho.
Que triste sentimento! Que pecado contra o Senhor! Pobre raça humana!
É muito comum vermos pessoas assim, orgulhosas, soberbas, cheias de si, achando-se os “donos do mundo”. Pessoas com um coração duro, com dificuldades enormes em serem contrariadas, ou corrigidas.
Você já parou para pensar quantos problemas seriam evitados no dia-a-dia se fôssemos menos orgulhos?
Quantos casamentos não teriam sido desfeitos se um conjugue não colocasse toda a culpa dos problemas em cima do outro?
Quantos homicídios seriam evitados se houvesse mais pedidos de perdão?
Quantas pessoas permaneceriam nos seus empregos se aceitassem as críticas construtivas e tentassem melhorar o seu desempenho?
Quantas discussões no trânsito seriam evitadas com um simples pedido de desculpas?
Quantos desentendimentos familiares não teriam acontecido, se os filhos recebessem os conselhos e a correção dos pais como algo valioso?
Vivemos numa época em que muitas pessoas não gostam de ser contrariadas, normalmente a primeira reação a algo que vai afetar o nosso ego, o nosso orgulho, é a autodefesa,  o contra-ataque (como se vivêssemos numa constante disputa sobre quem está certo ou errado).
É como aquele ditado futebolístico: “a melhor defesa é o ataque”.
Uma irmã em Cristo definiu bem essa situação, ela disse: “as pessoas precisam de aprender a ter um coração ensinável, pois são muito resistentes”. E é por aí mesmo. A maioria das pessoas odeia ser corrigida, até mesmo com uma sugestão. Muitos não costumam aceitar conselhos de ninguém, sentem-se inferiores se o fizerem.
Eu como cristão, servo do Deus altíssimo, pergunto aos meus irmãos em Cristo:
-Como pode uma pessoa regenerada pelo Espírito Santo ser orgulhosa, intransigente?
É impraticável a vida cristã sem humildade. O coração duro do homem é uma porta fechada ao Espírito Santo. Como poderei falar do amor de Deus se eu mesmo não tiver uma conduta irrepreensível? Talvez seja essa uma das maiores reclamações das pessoas contra os evangélicos: o orgulho. Várias vezes já ouvi a seguinte frase: “esses crentes são muito orgulhosos”. E alguns são mesmo, infelizmente.
E não é por falta de bons exemplos, temos vários na Bíblia, vou citar um: Davi.
Uma passagem muito conhecida do Antigo Testamento leva-nos a refletir sobre essa questão. Davi, então Rei de Israel, aproveitou-se de sua autoridade para se deitar com a esposa de um soldado (de seu nome Urias), e além de levar a mulher (de seu nome Bate-Seba) para o palácio, ainda teve a coragem de forjar a morte do marido, colocando-o na frente do exército. (2 Sam. 11:2-24)
Mas um dia Deus enviou Natã à casa de Davi, e este condenou o seu pecado, comparando suas atitudes às de um homem que mesmo tendo várias cabras e vacas decide dar a um viajante a única cordeira do seu vizinho pobre (2 Sam. 12: 1-7). Davi imediatamente reconheceu os seus erros: “Então disse Davi a Natã: Pequei contra o Senhor” (2 Sam. 12:13a).
Aí está a chave, o homem pecou contra Deus, mas ao ser repreendido pelo profeta do Senhor, simplesmente reconheceu seus erros e se prostrou em arrependimento. O Salmo 51 revela uma das mais belas orações contidas na Bíblia: 

Tem misericórdia de mim, ó Deus, segundo a tua benignidade; apaga as minhas transgressões, segundo a multidão das tuas misericórdias. Lava-me completamente da minha iniquidade, e purifica-me do meu pecado. Porque eu conheço as minhas transgressões, e o meu pecado está sempre diante de mim. Contra ti, contra ti somente pequei, e fiz o que é mal à tua vista, para que sejas justificado quando falares, e puro quando julgares. Salmos 51:1-4
Mas infelizmente hoje, muitos no lugar de Davi teriam expulsado Natã da sua casa a gritar: “quem é você para me julgar?”, ou “Não toqueis no ungido do Senhor!!” ou então: “É Deus quem me julga!” E outras frases decoradas, que na verdade revelam que a falta de temor ao Senhor impera. O ego prevalece.
Antes, ele dá maior graça. Portanto diz: Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes. Sujeitai-vos, pois, a Deus, resisti ao diabo, e ele fugirá de vós. Tiago 4:6,7
Mas não ouviram, nem inclinaram os seus ouvidos, mas andaram nos seus próprios conselhos, no propósito do seu coração malvado; e andaram para trás, e não para diante. Jeremias 7:24
Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te. 2 Timóteo 3:1-5

E para fechar,  o maior exemplo de todos:

Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo. Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros.
De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz.
Filipenses 2:3-8



Então deixe esse orgulho de lado, viva mais, ame, perdoe, ria, aprenda, ensine, ouça, cresça, seja maleável, promova a paz, você será mais feliz!

“O orgulho divide os homens, a humildade e o amor une-os”

Deus vos abençoe.    
                                   

Pajovi

sábado, 31 de outubro de 2015

A Mensagem de Eugene Peterson

A Mensagem de Eugene Peterson
A versão em Português “a paráfrase bíblica” “A Mensagem”, de Eugene Peterson. A obra que é fruto de 40 anos de pastorado, misturado com o desejo de tornar a palavra de Deus mais acessível e conquistável ao rebanho, foi sucesso de vendas nos EUA desde que foi lançada, em 2004.  Os benefícios da obra estão, para além da linguagem, na diagramação. O texto está colocado apenas numa coluna, semelhante a livros comuns e livre de versículos colocados no início das frases, o que facilita ainda mais uma leitura direta.
Quando era pastor, Eugene deparou-se com o terrível desinteresse de muitos cristãos em conhecer a Palavra. Foi daí que encarou como sua missão a responsabilidade de fazer entendida a mensagem da Bíblia entre o seu rebanho. Como ele mesmo diz, o seu texto foi “moldado pelas mãos de um pastor atuante”, e esta é a explicação de uma linguagem tão pessoal.
Contudo, “A Mensagem” não pode ser considerada uma “versão bíblica” – por isso o termo “paráfrase”. Apesar do uso dos textos originais, em hebraico e grego, Peterson que além de escritor e professor de teologia é poeta, deixou-se levar pela liberdade de interpretação e adaptação à linguagem contemporânea americana.
Muitas críticas foram feitas à obra e alguns estudiosos alegaram erros e desprezo às doutrinas que precisariam de palavras específicas para obter validade. Eles podem ter razão. Alguns trechos bíblicos ficam realmente vagos na variante de Peterson – como Lucas 5:33*, por exemplo – enquanto outros ficam extremamente poderosos, como Isaías 40:3**, ou extremamente pessoais como Apocalipse 1:3***.
O que precisamos ter em mente antes de ler a bíblia de Peterson é sua própria intenção e indicação quanto à obra. O autor não a indica para estudo e pregação; A sua recomendação é apenas para que seja lida, de forma despretensiosa, como leitura de relacionamento e descanso. Se o objetivo é captar o contexto geral das Escrituras, podemos ser preservados de tropeços doutrinários quanto às mudanças radicais em relação aos textos originais. Portanto, considero, como Peterson, a leitura de “A Mensagem” válida, desde que não desprezemos as nossas versões tradicionais.
                                                                                                                                                 
** “Depois que os noivos forem embora, o jejum pode começar. Ninguém joga água fria na fogueira enquanto tem gente em volta. Essa é a vinda do Reino.” Lucas 5:35  (A Mensagem)
“Dias virão, porém, em que o esposo lhes será tirado, e, então, naqueles dias, jejuarão.” Lucas 5:35  (Almeida Revista e Corrigida Fiel)


** “Trovão do deserto! ‘Preparem-se para a chegada do Eterno! Tornem o caminho plano e reto! Um caminho adequado ao nosso Deus.’” Isaías 40:3 (A Mensagem)
 “Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor; endireitai no ermo vereda a nosso Deus.” Isaías 40:3 (Almeida Revista e Corrigida Fiel)


** “Leitor, você é um abençoado! São abençoados também os que ouvem e guardam estas profecias, todas as palavras escritas neste livro! O tempo está para se cumprir.” Apocalipse 1:3 (A Mensagem)
“Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo”. Apocalipse 1:3 (Almeida Revista e Corrigida Fiel).

Que DEUS vos abençoe e boas leituras.


Pajovi

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

SALTAR DE IGREJA EM IGREJA?

SALTAR DE IGREJA EM IGREJA?
Há uma tendência muito forte de nos tempos que correm que é o saltar de igreja em igreja. Não acho que seja um grande problema uma pessoa procurar uma igreja que siga a Bíblia para se congregar, porém, essa busca deixou de ser uma busca por uma igreja bíblica e que esteja comprometida na missão de Deus e passou a ser uma procura centrada em verdadeiras banalidades, coisas que, definitivamente, ninguém se deveria de preocupar quando procurasse uma igreja para congregar. Isto também serve para quem já está na igreja e fica à procura de certas coisas que não convêm. O que não devemos procurar numa igreja?

1- INFRAESTRUTURAS
É impressionante mas muitas pessoas acham que as coisas mais importantes numa igreja são, o ar-condicionado, estacionamentos, iluminação, berçário, bancos estofados… sei que essas coisas são apelativas e toda a gente quer, mas não é o tipo de coisas que devemos procurar numa igreja. Pessoas que procuram essas coisas estarão sempre descontentes, pois o ser humano é insaciável na procura pelo conforto. Sem contar, é claro, que essa procura mostra, entre outras coisas, o desejo de ficar dentro da igreja a criar raízes e não sair pelo mundo para levar a Palavra de Deus.

2- DIVERSÃO
Algumas pessoas vão para uma igreja atrás das diversões, principalmente os mais jovens. Veem a igreja como mais uma opção de entretenimento. É muito comum chegarem ao pé de algum líder e perguntarem: O que é que vocês oferecem em termos de programação aos novos membros? Como se a igreja fosse uma indústria produtora de divertimentos e passatempos. Alguns também saem da igreja por ser “chata”. O pior de tudo é quando a igreja oferece entretenimento! Diversão não é coisa para se procurar numa igreja. Entendo que a diversão aconteça na igreja, mas não é o objetivo dela. Quem procura a igreja atrás de diversão mais tarde ou mais cedo vai sair dela, pois a indústria de entretenimento do mundo é muito competente a oferecer entretenimento e divertimento. Já a igreja séria, nunca se esforçará para oferecer essas coisas em primeiro lugar a quem quer que seja, pois não é a sua missão.
3- DEFEITOS
Entendo que é saudável termos pessoas críticas (construtivas) na igreja, porém, não é saudável vivermos à procura de defeitos. Isto porque iremos encontrá-los em quantidade e iremos fazer da repercussão destes defeitos um “inferno” na vida da igreja. A igreja são as pessoas e as pessoas estão na igreja em diferentes fases de amadurecimento da vida cristã. Assim, é comum encontrarmos todo tipo de defeitos possíveis. Quem está na igreja à procura de defeitos, vai com toda a certeza encontrá-los e não conseguirá permanecer em nenhuma comunidade, pois não existe nenhuma igreja cujos membros não tenham defeitos. Além disso, quem fica apenas à procura e a apontar defeitos é hipócrita, pois também está cheio deles!

4- PERFEIÇÃO
É incrível haver pessoas que procuram uma espécie de perfeição na igreja. Têm uma grande expectativa de como as coisas devem ser, de como as pessoas devem agir, que afirmam o que acham perfeito numa igreja. Querem que tudo aconteça conforme pensam, da forma que acham que é melhor. Porém, logo ficam decepcionados, pois a perfeição passa longe de qualquer igreja. Na igreja não há perfeitos, há pessoas que procuram ser perfeitas.


5- O QUE QUEREMOS
É muito comum a procura por uma igreja que se enquadre em tudo que deseja o seu coração. Essa procura é um erro, já que o nosso coração é enganoso. Deus é o dono da igreja e é o Espírito Santo que move o coração dos líderes e membros da igreja para que ela (igreja) faça e seja conforme Deus deseja. E, normalmente, o desejo de Deus é bem diferente dos nossos desejos egoístas. Procurar uma igreja que seja como “eu” quero é afrontar o dono da Igreja, Jesus Cristo. A igreja deve ser como Ele quer. Se for uma igreja bíblica e que procura cumprir a sua missão, não há a necessidade dela se desdobrar para agradar a alguns membros que querem mais um “clube” que uma igreja.
Deus vos abençoe


Pajovi

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

A RESPONSABILIDADE SOCIAL DO CRISTÃO

A nossa fé em Cristo, leva-nos necessariamente a intervir a favor do próximo. Sempre que essa acção faltar, é porque na verdade há falta de fé e desobediência à vontade de Deus.
Por isso, apontando para a responsabilidade social que nos cabe como cristãos, devemos, antes de mais nada, confessar que muito temos pecado diante do Senhor, pela nossa omissão.
Quantas vezes aconteceu, termos conhecimento de alguém que estava a passar fome e não lhe demos de comer? De alguém em dificuldades e não lhe demos atenção?
Nós ao alhearmo-nos dos problemas das nossas comunidades, ou fecharmos os olhos, diante do que se passa ao redor de nossos templos, estamos a contrariar a vontade de DEUS.
 Ao omitirmos o que se passa na sociedade, fechando os olhos diante das injustiças sofridas por pessoas ao nosso redor, estamos a contrariar a vontade do nosso DEUS.
 Nós assim, ao ignorarmos o sofrimento de povos e indivíduos em todo o mundo, estamos a contrariar a vontade do nosso DEUS.
 Agindo assim, tornamo-nos desobedientes e negamos aquele que confessamos como nosso Senhor.
 Cabe-nos pois como cristãos, como comunidade e como Igreja inserida na sociedade, reconhecer a nossa culpa, arrepender-nos e pedir perdão, expressando tudo isto numa ação eficaz, obedecendo assim à vontade do nosso SENHOR E SALVADOR JESUS CRISTO.
Como cristãos confessamos que a vida é uma dádiva de Deus. Tudo o que somos, e tudo quanto temos, DELE provêm; As nossas capacidades técnicas e intelectuais, a natureza e o mundo.
 A responsabilidade pelo uso de tudo isto é nossa mas, devemo-la ao próprio DEUS (Gen. 1:26-28). Ao nosso lado encontram-se os nossos semelhantes, igualmente agraciados(Isa. 11:1-10), não temos pois o direito de fazer uso deles, pelo contrário, devemos garantir-lhes tudo quanto lhes é de direito. Por tudo que fizer-mos, iremos prestar contas ao Criador, Senhor único de todos os homens.
A boa sociedade compreende para todos, trabalho, saúde, habitação, sustento, cultura,  lazer, convivência e liberdade. Sempre que um desses elementos faltar para um só ou mais seres humanos, observamos um mundo caído, rebelde para com DEUS (Rm. 1:28-32). A consciência cristã acusa o pecado, tanto na esfera individual como na social (Rm. 3:9-18). O excesso e o abuso, bem como as distorções destes elementos, são o outro lado da moeda: Sustento sem trabalho próprio e às custas do alheio (IITs. 3:10-13); consumismo esbanjador em vez de sustento básico (Ex. 20:8-11); trabalho escravo sem lazer, convivência marginalizada sem escola (Jr. 6:11-17); subsistência sem liberdade, são apenas algumas das possibilidades (Is. 5:8).
 Destruição da natureza, concentração de riqueza, emprego da força, infracção dos direitos dos outros são apenas algumas das consequências daquelas distorções fundamentais (Am. 5:7, 10-12).
Contudo, onde a consciência acusa, o Evangelho levanta a voz profética para chamar ao arrependimento, à libertação e à mudança radical (Mc. 1:15). O Evangelho é o próprio Jesus Cristo, que sofreu pelo mundo caído para libertar o homem pecador (Lc. 4:18-21). Por isso também hoje não conseguimos ver Deus no progresso, mas sim naqueles que são por ele triturados não no poder, mas naqueles que são por ele abatidos, não no dinheiro, mas naqueles que não têm como comprar o elementar para suas vidas (Mc 8.34-38).


Pajovi          

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

O CRISTÃO ENQUANTO HOMEM DE NEGÓCIOS

Muitas questões se colocam aos cristãos, que têm os seus negócios ou que gerem negócios. No mundo actual, pródigo na falta de; civismo, honestidade, seriedade, pontualidade e transparência nos negócios, os cristãos têm de marcar a diferença.
               A seriedade e a honestidade são dois dos principais atributos, com que devem primar os cristãos, enquanto servidores da sociedade. As práticas de corrupção descredibilizam as pessoas, os grupos e a justa viabilização dos projectos que apresentam. O homem cristão de negócios, deve fugir dessas situações e nunca se deixar enredar, em negócios duvidosos.
               O homem cristão de negócios, deve julgar as situações guiado pela sua fé em CRISTO, ou seja, à luz da Palavra de Deus. Tratando-se de discernir sobre projectos de sociedade e trabalho, apresentados pelos parceiros sociais, o cristão deve ter particularmente em atenção, a visão da Palavra de Deus em primeiro lugar, acerca das questões que lhe são apresentadas.  
               Uma economia sadia é essencial, mas deve estar ao serviço de um projecto de sociedade, cultural e humanista, como é apanágio de todo aquele que tem CRISTO na sua vida.          Na escolha de funcionários, o Empresário cristão, deve colocar em primeiro lugar a promoção da dignidade da pessoa humana, anulando discriminações de classe, sexo ou etnia e promovendo a igualdade de oportunidades, dando particular atenção aos “domésticos na fé “ e aos mais pobres e desfavorecidos.  
            O discernimento do homem cristão de negócios, deve ser uma atitude permanente baseada na palavra de DEUS. Ela permite, perante as dificuldades, os problemas ou os acontecimentos novos, descobrir o caminho mais acertado a seguir, na linha da fidelidade para com CRISTO. A vida do cristão é um esforço contínuo de tentar acertar com a atitude correcta, em ordem à nossa realização e à edificação de uma sociedade harmónica, digna do cristão, como DEUS a deseja.  
               Vemos obras gigantescas e nobres nas mãos de pessoas ricas, verdadeiros depositários dos bens de Deus, que sabem perfeitamente administrar e aplicar a riqueza, em prol do progresso espiritual e material do nosso planeta. Contamos também com a importância da riqueza material no papel das empresas, dando oportunidade para tantas pessoas, ganharem o sustento das suas famílias.
Os bens nas mãos do cristão devem ser como ferramentas, como instrumentos dos quais retiramos bom uso, se soubermos manipulá-los. A natureza fez das riquezas, escravas e não senhoras. Destruamos pois, não os nossos bens, mas a cobiça. Nada lucraremos em largar o dinheiro que temos, se continuarmos a ser ricos em desejos desenfreados. Eis de que forma concebe o Senhor o uso dos bens exteriores, temos de nos desfazer, não de um dinheiro que nos permite viver, mas das forças que nos levam a usá-lo mal. Temos de purificar a nossa alma, isto é, torná-la pobre e nua, para nesse estado ouvirmos o chamamento do Salvador.

¹ Mat. 5:33-37
33 - Outrossim, ouvistes que foi dito aos antigos: Não perjurarás, mas cumprirás os teus juramentos ao Senhor.
34 - Eu, porém, vos digo que de maneira nenhuma jureis; nem pelo céu, porque é o trono de Deus;
 35 - Nem pela terra, porque é o escabelo de seus pés; nem por Jerusalém, porque é a cidade do grande Rei;
36 - Nem jurarás pela tua cabeça, porque não podes tornar um cabelo branco ou preto.
 37- Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; Não, não; porque o que passa disto é de procedência maligna.


Pajovi            

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

A VERDADEIRA LIBERDADE

A VERDADEIRA LIBERDADE

Certa vez, quando fazia parte de um grupo de evangelismo, estava a evangelizar em Lisboa com o movimento “LOGOS”, numa daquelas noites, estávamos no Parque Eduardo 7º, quando em determinado momento me assentei no relvado enquanto o grupo “JOCUM” apresentava uma das suas peças teatrais, perto estavam duas jovens a conversar e a falar sobre a prisão em que viviam os crentes, que não podiam fazer isto ou aquilo. Meti conversa com elas, até que as mesmas perceberam que eu era também um cristão e pude explicar que os que estão em Cristo são verdadeiramente livres. O texto do evangelho de João, que vai de 7:1 a 8:59, mostra-nos Jesus em Jerusalém, na Festa dos Tabernáculos. De 7:1-10, é a introdução onde Jesus sai da Galileia, onde os judeus O queriam matar, e vai para Jerusalém, numa distância de aproximadamente 125 quilómetros, e lá os judeus continuaram a querer matá-lo. Os versículos que vão de 7:11 a 8:20 contêm os ensinos de Jesus, onde Ele, subindo ao templo para ensinar, se declara como a água viva e a luz, usando estes termos que faziam parte do rito da festa. Os versículos que vão de 8:21 até 8:59 contêm a denúncia aos dirigentes. Jesus denuncia os seus pecados e o texto acaba com a tentativa de apedrejamento de Jesus. O texto de 8:31-37 Mostra Jesus a falar aos judeus sobre a verdadeira liberdade. É interessante observarmos que Jesus está a falar aos judeus que acreditavam que eram livres, pois eram da descendência de Abraão, mas Jesus fala-lhes sobre a verdadeira liberdade. Eles entram também na questão de serem filhos de Abraão, mas Jesus deixa-lhes claro que ser filho, não depende só da descendência, mas também de seguir os passos. Meditemos sobre o tema: “A verdadeira liberdade”. Mas, no que consiste a verdadeira liberdade? I- Permanecer na palavra de Deus.
Em primeiro lugar Jesus fala aos que haviam crido nele sobre o permanecer na Palavra. Jesus deixa claro que para ser um discípulo não basta apenas crer, apenas algo no cognitivo, no intelectual. É necessário muito mais do que isto. É necessário permanecer na Palavra, aí sim há a prova de que realmente se é um discípulo. Mas o que é permanecer para João? Permanecer para João, considerando este texto e também João 15, dá-nos a ideia de continuarmos firmes com Deus. Dá a ideia de ler a palavra e guardar os mandamentos, é então uma vida sincera com Deus. Para Jesus, não basta apenas crer nele, mas é necessário ter uma vida que prove que realmente se crê nele. É a crença vivida no dia-a-dia. Sendo assim, o permanecer é algo constante e realmente vivido na vida cotidiana. Alguém só pode provar que realmente é um discípulo de Cristo se permanecer, ou seja, se viver de acordo com a palavra de Deus.
Nós precisamos urgentemente de resgatarmos o sentido do permanecer na palavra. Parece que hoje em dia perdemos um pouco do sentido deste permanecer em Deus e a igreja vive de forma acomodada em relação aos ensinamentos de Cristo. II.- Conhecer a verdade. Agora Jesus usa aqui um outro verbo, o conhecer. E é interessante observarmos que o conhecer vem depois do permanecer. Isto indica que para conhecermos precisamos primeiro de permanecer. A palavra grega usada para conhecer é gnoskw que é conhecer, reconhecer. Esta palavra usada no futuro, como é o caso neste texto que lemos, indica “chegar a saber, inteirar-se, descobrir, entender”. É interessante observarmos que o versículo 33 de João, começa com a palavra grega kai que é uma conjunção que liga uma frase a outra, o que indica então, que o conhecer depende do permanecer para ser verdadeiramente discípulo. É a partir daí que obteremos o verdadeiro conhecimento que nos levará a verdadeira liberdade. Mas o que vem a ser a liberdade? Liberdade é algo que tem relação com o afastar-se do pecado. Cristo nos liberta do pecado. Muitas pessoas são escravas do pecado e por isso vivem pecando. Alguns judeus não compreenderam estas palavras de Jesus, porque acreditavam que pelo simples facto de serem da linhagem de Abraão já eram totalmente livres, mas Jesus chama a sua atenção dizendo que, se eles eram realmente da linhagem de Abraão, precisavam viver como Abraão. Mas os acusava de viverem de forma diferente da de Abraão, pois eles eram escravos do pecado e viviam para este, por isso, não podiam ser totalmente livres.
Liberdade para Jesus é viver livre do pecado, sendo um verdadeiro cristão. Alguém que não tem a sua vida presa nas coisas erradas deste mundo. Isto é o verdadeiro sentido de liberdade. Está aí um outro conceito que a igreja de Jesus Cristo precisa redescobrir, a liberdade. Muitos cristãos vivem vidas completamente arrasadas, pois ainda estão presos às coisas desta vida, não conseguiram ainda entender o verdadeiro significado da liberdade que Cristo dá. Uma liberdade que se enfatiza na alegria de se viver uma vida firme na palavra de Deus, tendo-a como regra de fé e prática de vida. Concluindo, podemos dizer que precisamos redescobrir o significado destas duas palavras usadas por Jesus, o permanecer e a liberdade. Permanecemos na palavra, ou seja, cumprindo-a, para assim conhecermos a verdade, para a partir daí sermos livres do pecado que escraviza o homem e tem levado muitas e muitas pessoas a uma verdadeira ruína nas suas vidas. Fica para si a pergunta: Você já conhece a verdadeira liberdade que só Cristo oferece? Que nós possamos redescobrir estas verdades da palavras de Deus para termos vidas mais felizes neste mundo de tamanha luta que vivemos.
Que Deus vos abençoe.


Pajovi

terça-feira, 29 de setembro de 2015

PASSADO, HISTÓRIA, CRISE?

Os filhos de DEUS não têm passado! Efésios 4:22 - Quanto à antiga maneira de viver, vocês foram ensinados a despir-se do velho homem, que se corrompe por desejos enganosos. Espiritualmente falando, os filhos de DEUS têm uma história. Nas mãos do nosso DEUS e PAI, o nosso passado é resolvido e a nossa história começa a ser escrita. Lucas 1:1- Muitos já se dedicaram a elaborar um relato dos factos que se cumpriram entre nós.
Viver no passado é parar no tempo, é estagnar e inviabilizar o futuro.
            Todo o passado mal resolvido, prende-nos e faz-nos ficar a olhar para trás. 2ª Coríntios 2:10- Se vocês perdoam a alguém, eu também perdoo; e aquilo que perdoei, se é que havia alguma coisa para perdoar, perdoei na presença de Cristo, por amor a vocês. Se alguém nos ofender, além de perdoar temos de esquecer.
        Porém em CRISTO, a nossa história é uma porta aberta para o amanhã, para a realização dos sonhos e promessas de DEUS.
            Só alguém livre de um passado escravizante e paralisador rompe na conquista do sobrenatural de DEUS, com ou sem crises porque está livre para tomar as decisões certas. Como decisão é uma questão de mentalidade, é preciso ter uma mente livre e renovada que não tenha em consideração as coisas antigas e que esteja aberta para decidir correctamente as coisas novas que DEUS está fazendo.
            Nós só influenciaremos positivamente o nosso futuro quando não vivermos as dores do passado. Não podemos pois ficar presos a um passado paralisador.
            A crise, pode ser um trampolim para grandes conquistas ou grandes derrotas, tudo irá depender das decisões que tomarmos quando ela se apresentar. Podemos estar em crise, na nossa vida pessoal, familiar ou profissional, mas se estivermos libertos do nosso passado e os nossos olhos, puderem ver as coisas novas de DEUS que estão a nascer, não caminharemos sem direcção, porque o SENHOR nos preparará o caminho.
            A libertação do passado e a renovação da mentalidade são fundamentais para tomar as atitudes correctas, especialmente em tempo de crises. No momento de crise, quando parecer que tudo está acabado, não podemos valorizar a derrota mas sim declararmos que DEUS está a fazer coisas novas na nossa vida.
            Temos de confessar perante DEUS as nossas fraquezas os nossos traumas e feridas e pela fé renunciar a tais coisas, assumindo a libertação e a cura. Devemos consagrar a nossa vida, mente e coração ao SENHOR e temos de nos firmar nos princípios e caminhos de DEUS. Tiremos os nossos olhos de ontem e olhemos para o SENHOR na esperança de um amanhã repleto de vitórias e conquistas. A crise de hoje, pode ser o ponto de partida para um salto de fé, que nos levará ao ponto mais alto e mais lindo da nossa existência.
            Não devemos fugir da crise, se ela chegou, devemo-nos encher do poder de DEUS, encará-la e resolve-la. Devemos declarar que chegou ao fim o passado de crises e de lembranças que nos escravizam e paralisam.
            O SENHOR chama por nós, para rompermos com um passado de derrotas e impossibilidades de assumirmos a nossa nova história, resolvida e escrita pela SUA mão.
            Não podemos viver as más lembranças do passado, pois este é o ano aceitável do SENHOR e ELE está a fazer coisas novas na nossa vida. Lucas 4:19 - A pregar liberdade aos cativos, E restauração da vista aos cegos, A pôr em liberdade os oprimidos, A anunciar o ano aceitável do Senhor.



Pajovi               QUELUZ

terça-feira, 5 de maio de 2015

Um pouco de história

UM POUCO DE HISTÓRIA


As Assembleias de Deus em Portugal fizeram 100 anos em 2013. Tudo começou assim:
O Movimento das Assembleias de Deus iniciou-se no ano de 1913 com a chegada a Portugal do missionário José Plácido da Costa, cidadão português emigrado no Brasil, país onde aceitou a mensagem pentecostal, após contacto com os primeiros missionários pentecostais aí chegados, os cidadãos suecos Daniel Berg e Gunar Vingren, com os quais passou a trabalhar de forma intensa, na divulgação do evangelho.
Entretanto, José Plácido da Costa decidiu deslocar-se a Portugal, tendo desenvolvido a sua actividade missionária na cidade do Porto e em Valezim. Passado algum tempo, regressou ao Brasil donde só voltaria, de novo, no ano de 1930.
Decorria o ano de 1921 quando o trabalho evangélico de matriz pentecostal começou a tornar-se visível e a estabelecer-se sólida e definitivamente em Portugal por acção do missionário José de Matos Caravela, também ele cidadão português emigrado no Brasil e que regressou ao seu país de origem, precisamente nesse ano de 1921.
O trabalho missionário de José de Matos iniciou-se na Beira Alta e Beira Litoral, com alguns resultados. Depois, em 1923, deslocou-se para o Algarve onde fundou várias igrejas pentecostais, especialmente em Portimão, Lagos e Silves.
Em resultado da acção missionária de José de Matos, a primeira igreja Assembleia de Deus foi fundada na cidade de Portimão, em 1924. Mais tarde, esse valoroso servo de Deus iniciou outras igrejas fora do Algarve, como as de Santarém e Alcanhões.
A partir desse ano, estabeleceram-se igrejas Assembleia de Deus em várias cidades de Portugal com a ajuda de missionários suecos e com o trabalho esforçado de obreiros portugueses, que Deus entretanto levantara, os quais entregaram as suas vidas à causa da obra de Deus e contribuíram decisivamente para o seu crescimento.
Em resultado do envolvimento desses homens de Deus, portadores da mensagem pentecostal, foi fundada a Assembleia de Deus do Porto, em 1930, com a intervenção do missionário sueco Daniel Berg, a Assembleia de Deus de Évora, em 1932, através da acção da evangelista Isabel Guerreiro e a Assembleia de Deus de Lisboa, em 1934, com a ajuda do missionário Jack Hardstedt. Além dessas igrejas, em muitos outros pontos de Portugal - em diferentes distritos e cidades, de norte a sul do país foram surgindo igrejas pentecostais Assembleia de Deus.
Além dos referidos missionários e iniciadores da obra de Deus em Portugal no início do século XX, foram pioneiros e distintos servos de Deus, entre outros, cujo relevo é inteiramente merecido, os seguintes: Holger Backstrom, João Sequeira Hipólito, Tage Stalberg, Horácio Gomes de Sousa, José Lopes Quedas, Durval Correia, Artur Rodrigues, Conde, Jaime Figueiredo, Augusto Henriques, José de Oliveira Pessoa, Alfredo Rosendo Machado, João Chasqueira, Manuel Ribeiro Fernandes, Rogério Ramos Pereira, Virgílio Condeço, Manuel Cartaxo, Joaquim Cartaxo, Israel Coias Pires, Miguel Coias, José Augusto Pina, Joaquim Cerro Guerreiro, José Neves Ramos e António Dias Gonçalves.
Muito mais haveria para contar, mas em síntese isto foi como tudo começou.
Que Deus vos abençoe.



Pajovi

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