domingo, 17 de setembro de 2017

O amor ao próximo e o voluntariado.



Numa sociedade cada vez mais egoísta, na qual as pessoas tendem a centrar-se nelas mesmas e a não olhar para os que as rodeiam, é cada vez mais importante e mais valorizada a existência de alguém que se diferencie nesse aspecto e se preocupe com os outros.
Todas as pessoas podem ser “grandes”, porque todos nós podemos servir. Não precisamos de ter um diploma universitário para servir. Não precisamos de saber conjugar o “sujeito” com o “verbo” para servir. Só precisamos de um coração cheio de graça e de amor ao próximo. De uma alma gerada pelo amor e para o amor.
O verdadeiro amor ao próximo manifesta-se através da identificação de quem é o nosso próximo e de como podemos ser próximos dele. Precisamos de entender que o nosso próximo é aquele a quem podemos abençoar prestando socorro nos tempos de necessidade, ou simplesmente, servindo os outros no dia-a-dia. O amor genuíno pelo próximo abrirá os nossos olhos para que possamos ver as suas necessidades e dilatará o nosso coração até transbordar de compaixão pela sua vida. Como consequência de tudo isso, solta-se em nós um fluxo de acções concretas, que nos colocam no contexto de vida dessa pessoa, de tal maneira que podemos dizer que não apenas reconhecemos, vimos ou sentimos algo; mas sim que, verdadeiramente nos envolvemos com a pessoa e com as suas necessidades.
Pare um pouco para pensar nas pessoas que o cercam. Pense também nas que não estão tão próximas, geograficamente falando (por exemplo África), mas que podem ser ajudadas por si de alguma forma, como se elas estivessem ao seu lado. Comece a ver as suas necessidades com os olhos da alma. Agora, permita ao seu íntimo que introduza em si o sentimento da compaixão e do amor, e pergunte a si mesmo como pode fazer diferença na vida dessas pessoas. Além disso, esteja pronto para agir a qualquer momento do seu dia, caso surja alguma oportunidade para ajudar alguém.
De facto, ajudar o próximo é um gesto honroso e, muitas vezes, simples, que todos podem fazer. Porém, nem sempre estamos dispostos a tirar um pouco do nosso tempo e dá-lo a quem mais precisa.
Ser um voluntário é dar ao seu próximo “algo” que ele precisa, mas antes de mais é fazer com que este “algo” seja uma força à qual a pessoa possa recorrer para mudar o rumo da sua vida.
Qualquer pessoa se pode tornar num voluntário. Para isso, basta procurar a Associação mais próxima de si e saber o que pode fazer e como pode ajudar.
Bem hajam.


Pajovi   Setembro 2017

terça-feira, 22 de agosto de 2017

Baptismo, o que realmente significa na Bíblia?

baptismo é algo conhecido por quase todas as pessoas. No entanto, com certeza, não é entendido correctamente em seu sentido bíblico pela maioria delas. Há muita confusão a respeito do real sentido do baptismo, por isso, espero que com este artigo consiga elucidar de forma simples algumas dessas dúvidas.
A mais importante informação sobre o baptismo cristão, é que ele foi instituído por Jesus Cristo: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, baptizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado.” (Mateus 28. 19-20)
Baptismo, o que significa na Bíblia?
Baptismo significa um ato no qual se usa a água como símbolo da purificação que já aconteceu na vida de uma pessoa, ou seja, alguém é alcançado por Deus, arrepende-se de seus pecados, é purificado, justificado por Jesus pela fé e, então, se torna Seu discípulo. Essa é a transformação interior que ocorre antes da pessoa ser baptizada.
A partir daí a pessoa está pronta para ser batizada, selando essa transformação e purificação que já aconteceu na sua vida. O batismo também representa um compromisso da pessoa com Deus e com a Sua obra.
Batismo e salvação
Há muitas pessoas que se confundem, acham que o batismo salva. Em conversa com muitos “novos convertidos” que vêm de outras religiões e que têm uma pressa gigantesca em se batizar. Quando questionados sobre esta questão, logo associam que precisam de ser batizados para que a sua salvação seja selada ou alcançada.
Porém, é um erro pensar assim, pois a salvação é pela fé e não pelo baptismo. Para ilustrar cito o ladrão da cruz. Ele foi salvo? As palavras de Jesus mostram que sim, veja: “Jesus lhe respondeu: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso.” (Lucas 23. 43). Ele foi baptizado? Não! Se o baptismo fosse uma condição essencial para a salvação o ladrão da cruz não poderia ser salvo. O que dizer, por exemplo, de uma pessoa que se converte e morre logo em seguida? Não seria salva porque não se baptizou? Obviamente que será salva, pois a salvação está ligada à obra que Jesus já fez no coração dela.
É claro que esse fato não diminui a importância do batismo, pois o batismo é um símbolo (um sacramento) importante (que vem de Deus) e que deve ser recebido pelos que foram purificados por Jesus pela fé. O que não precisa é de haver pressa e desespero, que resultam em batismos mecânicos e sem sentido. Muitas denominações batizam pessoas quase por atacado, sem ao menos acompanhar essas pessoas num discipulado e explicar as coisas básicas a respeito do arrependimento e sobre a obra de Cristo. Levantou a mão já batizam. Repito: Batismo não salva ninguém.
Quem salva é Jesus Cristo. Todos os que foram alcançados por Jesus serão salvos, no entanto, nem todos os que foram baptizados serão salvos, somente o serão os que foram verdadeiramente alcançados por Jesus. Digo isto porque uma pessoa pode ser baptizada por motivos e crenças erradas, ou seja, pode enganar os homens que a baptizam, que acabam muitas vezes por achar que essa pessoa realmente teve um encontro com Jesus, mas ela não teve.

COMO SE BAPTIZA?
A palavra “baptismos” no grego significa: “imergir; mergulhar; colocar para dentro de”. No curso da história, por várias razões, apareceram outras formas de baptismo, como aspersão e ablução (banho); entretanto, como o baptismo é uma identificação com Cristo na sua morte e ressurreição, e é exactamente isto que a imersão significa, não praticamos outras formas de baptismo.
Quando Filipe baptizou o etíope, eles pararam num lugar onde havia água. A Bíblia diz que ambos entraram na água (At 8.38,39). Certamente aquele eunuco viajava abastecido com água potável; se fosse o caso de praticarem a aspersão havia água suficiente naquela carruagem para isso, mas baptizar é imergir! Não foi à toa que João Baptista se utilizou do rio Jordão para baptizar. Depois, mudou o local de baptismo para Enom, perto de Salim, e razão para isto é descrita pelo apóstolo João no seu evangelho: “porque havia ali muitas águas” (Jo 3.23).
Além da água, é necessário alguém que ministre o batismo ao novo-convertido, uma vez que não existe Auto batismo na Bíblia. E quem pode batizar? Quem tem autoridade para isto? Só o pastor? Não! A ordenança de Jesus é clara: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-as em nome do Pai, do Filho, e do Espírito Santo”(Mt 28.19).
Jesus mandou fazer discípulos e depois baptizá-los. A ordem já subentende que quem faz o discípulo tem autoridade para baptizá-lo. Filipe era apenas um diácono, fazendo o trabalho de evangelista; não era o pastor de igreja nenhuma, e baptizou!


Pajovi                    Agosto 2017

O crente Evangélico e a “INTEGRIDADE”

O que é a “Integridade” qual o seu significado?
“Integridade” vem do Latim “INTEGRITATE”, que significa “INTEIRO” que não se fragmenta, no nosso contexto de Igreja, ser integro quer dizer que não podemos ter uma face “religiosa” e outra “profissional” ou de “negócios” ou “comercial” ou “estudantil” ou “familiar”, ou seja, temos de viver a nossa espiritualidade e a nossa Fé, firmemente, quer seja na Igreja ou em qualquer outro local onde estejamos, independentemente da situação ou circunstâncias em que nos encontremos.
Tenho-me apercebido que nos dias de hoje, alguns “crentes” têm uma atitude na Igreja e outra na sua vida de negócios, criando como que sectores diferenciados da sua vida. Alguns mostram “integridade” nalgumas áreas enquanto noutras não. Mas o que é pior e mais grave, é que não vêm nenhum problema nessa situação. Nestes casos a “Integridade” é relativa e ocasional ela depende de oportunidades e situações. Alguns mostram “Integridade” nas coisas de Deus mas não nas coisas financeiras ou de negócios. Essa separação de valores assemelha-se a uma “religiosidade farisaica”, os fariseus e os escribas agiam da mesma maneira. Jesus acusou-os desse pecado por várias vezes.
Algumas Igrejas estão cheias, mas eu pergunto, será que essas pessoas estão cheias da igreja ou cheias do poder de DEUS? Estar numa igreja não nos faz estar cheios do poder de DEUS, o que nos faz estar cheios do poder de DEUS é buscarmos a retidão a “Integridade” em todas as áreas da nossa vida.
Jó era um homem temente a DEUS e nisso estava a base da sua “Integridade” e retidão. Estas qualidades são produzidas em nós por DEUS, porque nenhum homem produz “Integridade” e retidão por si próprio, a não ser que tenha em si o caráter de JESUS CRISTO.
Se um cristão se diz “Integro” perante todas as situações, não deverá pôr de parte os seus deveres (e aqui falo especialmente para os empresários), para com as autoridades instituídas, nomeadamente a fiscalidade, sabemos que os impostos custam a pagar mas, se não forem pagos como funcionará por exemplo, a Segurança Social? E as reformas, como serão pagas?
Na Bíblia é reconhecido o direito aos governos instituídos de cobrar impostos Rom. 13: 1 a 7 (NVI) – por esse motivo e para mantermos a nossa “Integridade” devemos pagar os nossos impostos, até porque o governo instituído no nosso País, existe por voto do povo e não por opressão. Será que ao não pagarmos os impostos devidos não estamos a contrariar a nossa “Integridade”? A consciência do cristão na verdade exige que ele pague impostos até mesmo para manter a sua “Integridade”.
Todos temos uma voz interior, mas ela nem sempre é confiável. Para agradarmos a DEUS a nossa consciência precisa de estar em harmonia com os Seus padrões morais, devemos pois ajustar o nosso modo de pensar ao modo de pensar de DEUS, temos de nos esforçar para entender como DEUS encara as autoridades humanas instituídas.
Não podemos ter “Integridade” numas situações e noutras não. Neste campo especialmente os Empresários Cristãos terão de ser honestos e corretos e não esquecer, que é especialmente importante que a sua “Integridade” fora dos muros da igreja, tem de ser notória e a sua vida transparente, pois a nossa vida, se a vivermos com “Integridade” será muitas vezes a única Bíblia que os não crentes irão com certeza ler.

Que DEUS vos ilumine e abençoe.


Pajovi     Agosto 2017


É LICITO AO CRISTÃO FAZER TATUAGENS NO SEU CORPO?

Antes de decidir fazer uma tatuagem, creio que é necessário (seria no mínimo aconselhável), pensar nalguns pontos, para que essa tatuagem não se transforme num motivo de problemas para a sua vida e venha a ser do desagrado a Deus.
Tudo o que fazemos deve ser feito para a glória de Deus. Em 1 Coríntios 10. 31 encontramos um princípio que deve ser aplicado em todas as nossas ações: “Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus.”. Se a tatuagem que quer fazer é apenas com um intuito egoísta, se é apenas um ato de rebeldia contra algo ou alguém, se é um desejo originado por algo pecaminoso, não faça, pois não estará a glorificar a Deus. A motivação daquilo que fazemos, conta muito para Deus. Uma motivação errada levará a um caminho errado, que não glorificará o Senhor. Faça essa pergunta a si mesmo: A minha atitude de querer ter uma tatuagem glorificará a Deus?
A tatuagem vai causar escândalo? Apesar de ser algo subjetivo, a questão de causar escândalo. Paulo deixou-nos uma boa maneira de refletirmos sobre a nossa liberdade cristã, principalmente em relação ao próximo. Em 1 Corintios 8.1-13, Paulo refletiu sobre a sua liberdade diante das pessoas mais fracas na fé. Por que não deveríamos nós refletir também sobre isso? Ele fez duas conclusões interessantes que, penso eu, podem dar entendimento para uma tomada de decisão mais madura em relação às tatuagens: “Vede, porém, que esta vossa liberdade não venha, de algum modo, a ser tropeço para os fracos (…) E, por isso, se a comida serve de escândalo a meu irmão, nunca mais comerei carne, para que não venha a escandalizá-lo.” (1Co 8. 9; 13). O referencial do reino de Deus é o “nós” e não o “eu”, por isso, pense se essa tatuagem não vem trazer mais problemas que bênção na sua vida e na comunidade. Então, depois de refletir bem decida se fará ou não a tatuagem.
Seja a paz de Cristo o árbitro em vosso coração, à qual, também, fostes chamados em um só corpo; e sede agradecidos. (Colo. 3:15)

Creio que os pontos citados acima fornecem algumas referências para uma decisão correta em relação a fazer ou não uma tatuagem. Usar a liberdade que Cristo nos deu da melhor forma possível, seja para fazer uma tatuagem ou para escolher não fazer uma tatuagem, é o que Deus espera de cada um de nós. Por isso, antes de fazer a tatuagem faça uma reflexão imparcial e sincera sobre a questão é só depois decida.

Pajovi            Agosto 2017

segunda-feira, 3 de julho de 2017

NADA DEVEMOS ACRESCENTAR OU RETIRAR NADA DA PALAVRA DE DEUS.

Através do estudo da Bíblia aprendemos a conhecer a verdade que nos liberta (João 8:32). Entretanto, muitas pessoas (inclusive alguns pregadores) que acreditam que o estudo da Bíblia é importante, nunca aprenderam como estudar efectivamente e entender a mensagem da revelação de Deus.
Devemos estudar também com respeito pelo “silêncio” das Escrituras. Muitos erros podem ser evitados se tivermos o cuidado de não falar presunçosamente quando Deus não falou. Agir quando Deus não disse nada é mudar sua palavra
Comentários aparecem de muitas formas. Podem ser bastante úteis, ou muito destructivos. Comentários são simplesmente as explicações de autores humanos sobre o significado dos textos bíblicos. Eles vão desde breves artigos ou mesmo notas de rodapé em Bíblias de estudo, até colecções de livros. Podem ser encontrados em boletins, revistas, sermões, etc. Ao usar todas estas fontes, precisamos de nos lembrar que os seres humanos nunca são infalíveis e que todo o ensinamento tem que ser examinado à luz das Escrituras (Atos 17:11; 1 Tessalonicenses 5:21-22).

Toda palavra de Deus é pura; ele é um escudo para os que nele confiam.   
Nada acrescentes às suas palavras, para que ele não te repreenda e tu sejas achado mentiroso.  
Provérbios 30:5-6 (ARA)

Eu testifico a todo aquele que ouvir as palavras da profecia deste livro: Se alguém lhes acrescentar alguma coisa, Deus lhe acrescentará as pragas que estão escritas neste livro;   e se alguém tirar qualquer coisa das palavras do livro desta profecia, Deus lhe tirará a sua parte da árvore da vida, e da cidade santa, que estão descritas neste livro.  
Apocalipse 22:18-19 (ARA)

Ora, irmãos, estas coisas eu as apliquei figuradamente a mim e a Apolo, por amor de vós; para que em nós aprendais a não ir além do que está escrito, de modo que nenhum de vós se ensoberbeça a favor de um contra outro. 
1 Coríntios 4:6 (ARA)


Ler também 1 Coríntios 3:11; Gálatas 1:8-9 e 2 João 1:9


Pajovi

LEIA COM ATENÇÃO

E coração aberto e receptivo.

Aqueles que pensam que chega simplesmente ir à igreja e que passando por um pequeno ritual os vai trazer para mais perto de Deus vão ter uma grande surpresa. Porque o lugar mais fácil para obter um coração endurecido está na igreja. Como alguém já disse, o mesmo sol que suaviza a cera endurece o barro. 

Como a Palavra de Deus sai, algumas pessoas são afetadas por isso, algumas pessoas são alteradas por ela, e outras são endurecidas por isso, porque elas não têm intenção de acreditar.
A exposição contínua à Palavra de Deus está realmente a fazer mais mal do que bem? E, no mesmo lugar onde poderiam ser transformadas, é que essas pessoas ficarão pior do que nunca? 

Estou a dizer que algumas pessoas não devem ir à igreja? Sim . . . Se essas pessoas não têm intenção de aplicar o que estão a ouvir. Podemos ver milagres e ouvir a verdade, mas se não temos o desejo de a aplicar, de seguida os nossos corações ficam endurecidos.

Alguém que está a viver uma vida dupla como Judas Iscariotes vai ter um coração cada vez mais endurecido. Judas andou e falou com Jesus durante três anos e meio. Ele era escolhido pelo Senhor. Ele tinha ouvido falar Cristo nos Seus maiores sermões. Judas ouviu o Sermão da Montanha e o Sermão do Monte com os seus próprios ouvidos. Ele viu Lázaro ressuscitar de entre os mortos. Ele viu cegos recuperam a vista. Viu homens surdos voltarem a ouvir. Judas viu milagre após milagre, mas o seu coração ficou mais difícil mais empedernido. 

E mesmo Jesus sabendo o que iria acontecer, Judas, por vontade própria, deliberadamente traiu o Senhor, lembrando-nos que a presciência (conhecimento do futuro) de Deus não muda a responsabilidade do homem, pois o homem tem livre arbítrio sobre aquilo que faz. 

Portanto, a resposta é, não parar de ir à igreja; Mas ir com o desejo de conhecer a Deus. 

Resumo: Você está a ouvir a verdade quando vai à igreja? Ou está a ouvir o que quer ouvir?



Pajovi

domingo, 14 de maio de 2017

A Bíblia realmente afirma que Jesus Cristo e o Espírito Santo são Deus?

Muitas pessoas têm dificuldades de compreender claramente algumas verdades bíblicas. A divindade do Pai, do Filho e do Espírito Santo, para o qual damos o nome na teologia de trindade. Alguns procuram compreendê-la já que ela está vivamente relatada na Bíblia, já outros preferem ignorá-la por terem “preguiça” de a estudar a fundo ou por outro motivo que não entendo.
A respeito da palavra trindade, ela não existe na Bíblia mas, mesmo assim, é totalmente bíblica. Neste artigo, pretendo mostrar se a Bíblia afirma ou não que Jesus Cristo e o Espírito Santo são Deus. As conclusões vou deixar por conta de cada leitor.

JESUS CRISTO É APONTADO NA BÍBLIA COMO SENDO DEUS?
A resposta é sim! Algo muito interessante a observar é que Jesus logo nos primeiros dias da Sua vida foi adorado (coisa que só é devida a Deus): “Entrando na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Prostrando-se, o adoraram; e, abrindo os seus tesouros, entregaram-lhe as suas ofertas: ouro, incenso e mirra.” (Mateus 2.11). Muitas outras pessoas O adoraram no decorrer da sua vida. Ele aceitou a adoração sincera dessas pessoas e nunca as repreendeu por isso (Mt 14.33; Mt 28.9; Mc 5.6; Jo 9.38). Observemos, por exemplo, a atitude totalmente contrária de um anjo quando o apóstolo João se prostrou diante dele e tentou adorá-lo: “Prostrei-me ante os seus pés para adorá-lo. Ele, porém, me disse: Vê, não faças isso; sou conservo teu e dos teus irmãos que mantêm o testemunho de Jesus; adora a Deus. Pois o testemunho de Jesus é o espírito da profecia.” (Apocalipse 19.10). Assim, a adoração dada a Jesus é uma evidência fortíssima de Sua Divindade!
Além disso, temos um texto bíblico extremamente explícito que fala da divindade de Jesus Cristo. Aqueles que negam que Jesus Cristo é Deus precisam dar uma boa explicação para este texto: “Também sabemos que o Filho de Deus é vindo e nos tem dado entendimento para reconhecermos o verdadeiro; e estamos no verdadeiro, em seu Filho, Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna.” (1 João 5.20)
Entre vários argumentos existentes que apoiam a divindade de Cristo, deixo ainda mais alguns para selar a questão:
Alguns atributos do Deus Pai são também aplicados a Jesus na Bíblia: Ele é chamado de Senhor (Mc 16.19; Jo 20.28). É apontado como o Eterno (Ap 1. 8; 22. 13). É omnipresente (Mt 18. 20; Mt 28. 20). É omnisciente (Jo 1.48; Ap 2. 23). É omnipotente (Fp 3. 21; Ap 1. 8).

O ESPÍRITO SANTO É APONTADO NA BÍBLIA COMO SENDO DEUS?
O Espírito Santo também é apontado claramente na Bíblia como sendo Deus. Veja um acontecimento do Antigo Testamento creditado à ação Dele como Deus: “Assim, pois, como diz o Espírito Santo: Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais o vosso coração como foi na provocação, no dia da tentação no deserto, onde os vossos pais me tentaram, pondo-me à prova, e viram as minhas obras por quarenta anos.” (Hebreus 3.7-9). Além disso, na revelação profética de Deus ao seu povo é creditada a ação do Espírito Santo: “porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens [santos] falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo.” (2 Pedro 1.21)
Além dessas evidências claras, alguns dos atributos divinos de Deus são também atribuídos ao Espírito Santo: onipresença (Sl 139. 7-10); onisciência (Is 40. 13, 14; I Co 2. 10-11); onipotência (I Co 12. 11). Semelhantemente ao Deus Pai e ao Filho Jesus Cristo, ao Espírito Santo é atribuído a eternidade (Hb 9.14).
Outro indício muito forte é a ordem de Jesus para batizar os Seus discípulos. É atribuída às três pessoas da trindade, a ação completa do batismo naquela vida restaurada, sem qualquer distinção, colocando-os um após o outro como sendo Deus: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (Mateus 28.19).

CONCLUSÃO
Creio que os textos e argumentos mencionados apontam claramente que Jesus Cristo e o Espírito Santo são Deus. Assim, o que nos cabe a nós é tentarmos entender o mistério desse facto e não taparmos os olhos para o facto de que realmente a Bíblia afirma a divindade deles.

Aos que insistem em declarar que Jesus e o Espírito Santo não são Deus, cabe a explicação do que estão então as dezenas de textos que afirmam o contrário, estão a falar!

Pajovi

Pesquisa apoiada no estudo Bíblico de André Sanches.

quarta-feira, 3 de maio de 2017

COMO RECONHECER UM “FALSO PREGADOR” DA PALAVRA DE DEUS?

COMO RECONHECER UM “FALSO PREGADOR” DA PALAVRA DE DEUS?
Os falsos “pregadores” são como as rochas que ficam por baixo da água e podem causar um acidente com as pessoas ou até mesmo fazer naufragar um barco.
Estes falsos “pregadores” chegam sorrateiramente. Judas 1:4 Pois certos indivíduos se introduziram com dissimulação, os quais, desde muito, foram antecipadamente pronunciados para esta condenação, homens ímpios, que transformam em libertinagem a graça de nosso Deus e negam o nosso único Soberano e Senhor, Jesus Cristo. (ARA).
A segunda característica dos falsos “obreiros / pregadores” é que são muito interessados em festividades e momentos em que possam aparecer de alguma forma.
Verdadeiros obreiros são aqueles que fazem o serviço que ninguém vê: visitam hospitais e cadeias, evangelizam pessoalmente e “discipulam” vidas, sempre presentes nas pequenas reuniões de oração, não faltam aos compromissos, estão sempre prontos para servir e fazer tarefas simples na obra de Deus. Mas os “falsos obreiros/pregadores” querem destaque e oportunidade quando a igreja está cheia.
Os falsos “obreiros/pregadores” são aqueles que afirmam falar em nome Deus, sem contudo representarem Deus ou mesmo pertencerem a Ele.  Além disso um “falso obreiro/pregador” propaga ensinos antagónicos das Escrituras, tomando para si uma autoridade que não lhe pertence afirmando ser aquilo, que Deus diz que Ele não é.
Jesus ao falar deles disse: Mateus 7:15 a 20 - 15 Acautelai-vos dos falsos profetas, que se vos apresentam disfarçados em ovelhas, mas por dentro são lobos roubadores.
16 - Pelos seus frutos os conhecereis. Colhem-se, porventura, uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos?
17 - Assim, toda árvore boa produz bons frutos, porém a árvore má produz frutos maus.
18 - Não pode a árvore boa produzir frutos maus, nem a árvore má produzir frutos bons.
19 -Toda árvore que não produz bom fruto é cortada e lançada ao fogo.
20 -Assim, pois, pelos seus frutos os conhecereis. (ARA)
Um “falso obreiro/pregador” relativiza as Escrituras. Para um “falso obreiro/pregador” a Bíblia não é a Palavra de Deus. Para este as Escrituras  são falíveis e não devem servir como plena referência para o cristão.
Um “falso obreiro/pregador” considera a sua palavra inquestionável, colocando as suas profecias e revelações em pé de igualdade com as Escrituras.
Um “falso obreiro/pregador” interpreta as Escrituras segundo a óptica do seu "próprio umbigo" relativizando o absoluto e inventando doutrinas segundo os desejos de seu coração.
Um “falso obreiro/pregador” não se baseia na leitura da Bíblia para as suas “pregações / palestras”, mas sim na sua interpretação própria, criando as suas próprias teorias sem fundamento.
Uma forma de descobrir falsos obreiros é perguntar o que desejam para médio e longo prazo no ministério e principalmente o que estão a fazer para alcançar os seus objetivos. Muitos deles falarão de sonhos exagerados e quase impraticáveis, caindo em contradições, que revelam na verdade que não sabem para onde vão.
Se encontrar algum obreiro que deseja mostrar demais o que faz e conta muitas histórias sobre o que está a fazer e vai fazer, tome cuidado porque pode ser um falso pregador.



Pense nisto!



Pajovi

quinta-feira, 30 de março de 2017

A FÉ E A REALIDADE DA VIDA

Isaías 26:3-6 (ARA)
 Tu, SENHOR, conservarás em perfeita paz aquele cujo propósito é firme; porque ele confia em ti.
 Confiai no SENHOR perpetuamente, porque o SENHOR Deus é uma rocha eterna;
 porque ele abate os que habitam no alto, na cidade elevada; abate-a, humilha-a até à terra e até ao pó.
 O pé a pisará; os pés dos aflitos, e os passos dos pobres.

Quais são as expectativas que temos de Deus diante dos acontecimentos ao nosso redor? Muitas pessoas vêm à igreja esperando receber o que Deus nunca prometeu.
A experiência dos cristãos não se baseia na ideia que muitos têm de como deveria ser a vida do cristão. É preciso entender que o bem-estar verdadeiro não deve estar totalmente voltado para as circunstâncias externas. Se pensa que a verdadeira fé significa ter a certeza de que tudo ocorrerá de forma favorável aos seus planos, provavelmente está próximo de uma decepção espiritual. A maturidade cristã depende da maneira como compreendemos o que é realmente a fé, diante dos ganhos e percas da vida. Qual a base para o desenvolvimento da fé genuína?

As pessoas de uma maneira geral vêem o conceito de felicidade, como sendo a ausência de factos ou situações desconfortáveis e a presença de tudo que lhes dá prazer e conforto. Assim, muitos cristãos acham que a fé verdadeira tem que estar de acordo com esse parâmetro. Imaginam a fé como se ela pudesse levar Deus a agir como eles acham que deve ser. Conforme esse padrão de felicidade e fé, podemos concluir que quase não há pessoas felizes e fervorosas na Bíblia. No entanto, os exemplos bíblicos que mostram fé e felicidade desta forma são de pessoas que estavam em crise espiritual, revelando assim a sua imaturidade no relacionamento com Deus. Chegaram até a considerar em vão a sua experiência espiritual.
Salmo 73:1-3 e 13 (ARA)- 1- Com efeito, Deus é bom para com Israel, para com os de coração limpo. 2- Quanto a mim, porém, quase me resvalaram os pés; pouco faltou para que se desviassem os meus passos. 3- Pois eu invejava os arrogantes, ao ver a prosperidade dos perversos. 13 Com efeito, inutilmente conservei puro o coração e lavei as mãos na inocência.  Assim, é preciso analisar a relação da fé com as adversidades.

São vários os exemplos bíblicos de pessoas com genuína fé em Deus. Curiosamente, porém, quase nenhumas delas viveram sem passar por circunstâncias difíceis. A galeria dos heróis da fé em Hebreus 11, bem poderia ser chamada de galeria dos que “aprenderam a viver contentes em toda e qualquer situação.”
Filipenses 4:1 (ARA)- Digo isto, não por causa da pobreza, porque aprendi a viver contente em toda e qualquer situação..  O apóstolo Pedro aconselha-nos a não estranharmos “o fogo ardente... Destinado a provar-vos”. I Pe 4:12-14(ARA) - 12 Amados, não estranheis o fogo ardente que surge no meio de vós, destinado a provar-vos, como se alguma coisa extraordinária vos estivesse acontecendo; 13 pelo contrário, alegrai-vos na medida em que sois co-participantes dos sofrimentos de Cristo, para que também, na revelação de sua glória, vos alegreis exultando. 14 Se, pelo nome de Cristo, sois injuriados, bem-aventurados sois, porque sobre vós repousa o Espírito da glória e de Deus
O cristão não deve ser conformista ou masoquista diante dos problemas, mas deve encará-los como oportunidades para mostrar o que a fé tem de melhor. É nesse sentido que Jesus disse que não veio trazer paz à terra, porém espada.

 Como é que o cristão deve encarar as dificuldades que o cercam? Elas existem na vida do cristão porque lhe falta fé suficiente?
Consegue associar as adversidades com o contexto do conflito entre Deus e satanás? Quem é o causador e quem permite? Por quê?

O profeta Habacuque revela que a fé nos enleva a uma atmosfera onde a alegria verdadeira tem uma única fonte que é Deus.
Hb 3:17-19 (ARA) - 17 E contra quem se indignou por quarenta anos? Não foi contra os que pecaram, cujos cadáveres caíram no deserto? 18 E contra quem jurou que não entrariam no seu descanso, senão contra os que foram desobedientes? 19 Vemos, pois, que não puderam entrar por causa da incredulidade.
Ele sabia por experiência própria que a alegria vinda de Deus não depende de circunstâncias. Por isso Jesus diz em: João 15:11(ARA) - Tenho-vos dito estas coisas para que o meu gozo esteja em vós, e o vosso gozo seja completo. O cristão aprende a olhar para além das nuvens escuras na certeza de que o Sol logo voltará a brilhar. Considere isto: Qual foi a sua reacção diante da última crise que enfrentou? 

O apóstolo Paulo dá-nos um excelente conselho:
Rom: 12:12 (ARA) - regozijai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, na oração, perseverantes; Este conselho mostra-nos a base para experimentarmos a real maturidade cristã. Para termos paciência diante das adversidades e nos alegrarmos na esperança, precisamos ser perseverantes na oração. Isaías divisou o tempo quando a alegria será eterna e os eventos serão somente para a satisfação dos remidos. Is 35:10 (ARA) - Os resgatados do SENHOR voltarão e virão a Sião com cânticos de júbilo; alegria eterna coroará a sua cabeça; gozo e alegria alcançarão, e deles fugirá a tristeza e o gemido.  Devemos viver com esta convicção. A genuína fé é caracterizada não por acharmos que a confiança poderá mudar os planos de Deus e que tudo aconteça como queremos, mas sim pela capacidade de esperar sempre n´Ele.
A nossa vida de comunhão com Deus tem sido suficiente para desenvolver paciência diante das tribulações? Se não, como podemos melhorar?

Um homem cujo coração se firme em Deus, será na hora de sua maior prova o mesmo que era na sua prosperidade, quando a luz e o favor de Deus e do homem incidiam sobre ele. A fé alcança o invisível e apega-se a realidades eternas.


Pajovi

quarta-feira, 22 de março de 2017

O que são os livros apócrifos e quais são eles? Devemos lê-los?

O que são os livros apócrifos e quais são eles? Devemos lê-los?
Gostaria de saber um pouco mais sobre os livros apócrifos? Porque é que alguns livros da Bíblia são aceites e outros não? Quem é que determina que um livro é inspirado e outro não? E quais são os livros apócrifos que temos hoje em dia? Devemos ler esses livros ou eles têm muitas heresias que podem atrapalhar a nossa fé?
Realmente este tema dos livros chamados apócrifos causa muita confusão na mente das pessoas, pois são livros considerados não inspirados por Deus. Para esclarecer um pouco esta questão, farei um estudo abaixo sobre este tema, baseado nestas perguntas:
O que são os livros apócrifos?
(1) A palavra apócrifo, de origem grega, significa “coisas ocultas” e aponta para escritos sem autenticidade. É uma referência aos livros que são apontados como não inspirados, ou seja, livros que não devem ser estudados como se tivessem sido inspirados por Deus. Aqui nós temos uma diferença bem grande entre o que os evangélicos e católicos pensam quanto a esses livros.
Os apócrifos na visão dos católicos
(2) Para os católicos, aqueles livros que não eram aceites como inspirados pelos judeus da palestina, ou seja, que não fazem parte da Bíblia judaica, eles consideram-nos como uma espécie de segunda leva de livros inspirados por Deus. Por isso, lhes chamam de deuterocanônicos (pertencentes ao segundo cânon). Esses livros são: Tobias, Judite, Sabedoria de Salomão, Eclesiástico ou Sirácida, Baruque, Epístola de Jeremias, Primeiro e Segundo Macabeus e os acréscimos a Ester (Ester Grego) e a Daniel (A Oração de Azarias, A Canção dos Três Jovens e as histórias de Suzana e de Bel e do Dragão). Assim, para os católicos, estes livros acima, mesmo não constando na Bíblia judaica, são inspirados e os outros que existem (veja no ponto 4) são os que eles chamam de apócrifos (sem autenticidade).
Os apócrifos na visão dos evangélicos
(3) Já para os evangélicos, todos esses livros adicionais que os católicos chamam de deuterocanônicos são considerados como apócrifos e ainda todos os outros que também os católicos consideram apócrifos (veja no ponto 4). Os evangélicos consideram que se os judeus, que receberam as primeiras revelações de Deus, consideram esses livros como não inspirados e não os incluíram na Bíblia judaica, essa decisão merece ser considerada, pois foi fruto de centenas de anos de estudo e considerações sobre o texto sagrado de um povo que foi guardião das revelações de Deus durante séculos.
Quantos livros apócrifos existem?
(4) Para se ter uma ideia, a quantidade de livros apócrifos é quase infinita. Abaixo citarei alguns dos mais famosos, porém, temos centenas de apócrifos conhecidos: O pastor de Hermas, Epístola de Barnabé, o Apocalipse de Pedro, Didaque, 1 Clemente, Laodicenses, Apocalipse das Semanas de Enoch, Proto Evangelho Segundo Tiago, Atos de João, A infância de Cristo Segundo Pedro, A Infância de Cristo Segundo Tomé, José o Carpinteiro, A Sophia de Jesus Cristo, Epístola a Diogneto, Cartas do Senhor, Ciclo de Pilatos, Declaração de José de Arimateia, Agrapha extra-evangelho, Evangelho Segundo Bartolomeu, O Evangelho de Felipe, O evangelho de Judas, O evangelho de Maria Madalena, O evangelho de Nicodemus, Descida de Cristo ao inferno, O evangelho segundo Pedro, Evangelho segundo Tomé, o Dídimo, O hino da Pérola, Manuscritos de Qumran (Mar Morto), O primeiro livro de Adão e Eva, Livro de Melquisedeque, Oração de Manassés, Salmo 151, Salmos de Salomão, etc. E nessa lista, segundo a visão evangélica, ainda se incluem todos os livros que os católicos incluíram na sua Bíblia (veja no ponto 2) e que nós consideramos como não inspirados.
Por é que evangélicos não aceitam os apócrifos
(5) Um facto interessante sobre os apócrifos é que grande parte deles era escrito por autores que não revelavam os seus nomes, antes, usavam nomes de personagens famosos dos livros que já eram considerados verdadeiros para dar “poder” aos seus escritos e chamar a atenção. Mas a natureza dos seus conteúdos, a forma de escrita e outros detalhes adicionais, davam total possibilidade dos estudiosos escribas identificarem esses factos e os rejeitarem como verdadeiros.
Os evangélicos seguem o cânon judaico que não só rejeita os livros que a Bíblia católica tem a mais, mas também todos os outros que foram escritos tanto antes como depois de Cristo e que, claramente, contêm erros grosseiros.
(6) Para não alongar muito o estudo, vou deixar apenas como exemplo algumas heresias de um dos apócrifos mais famosos, 2 Macabeus:
a) A oração pelos mortos: “Se não tivesse esperança na ressurreição dos que tinham morrido na batalha, seria coisa inútil e tola rezar pelos mortos. Mas, considerando que existe uma bela recompensa guardada para aqueles que são fiéis até à morte, então esse é um pensamento santo e piedoso. Por isso, mandou oferecer um sacrifício pelo pecado dos que tinham morrido, para que fossem libertados do pecado” (2 Macabeus 12:44-46).
b) Culto e missa pelos mortos (2 Macabeus 12:43)
c) O próprio autor não se julga inspirado (2 Macabeus 15:38-40; 2:25-27)

(6) E por fim, posso dizer que os apócrifos podem sim ser estudados com o fim de sabermos de factos históricos das suas épocas, bem como de informações importantes que aconteceram. Eles estão recheados de história. Porém, devem ser lidos sempre com a ideia clara de que aquilo que mencionam não é considerado de facto inspirado por Deus e, por isso, eles não gozam do mesmo peso dos livros considerados canônicos (inspirados pelo Senhor).

Pajovi

terça-feira, 14 de março de 2017

A Mensagem de Eugene Peterson

A versão em Português “a paráfrase bíblica” “A Mensagem”, de Eugene Peterson. A obra que é fruto de 40 anos de pastorado, misturado com o desejo de tornar a palavra de Deus mais acessível e conquistável ao rebanho, foi sucesso de vendas nos EUA desde que foi lançada, em 2004.  Os benefícios da obra estão, para além da linguagem, na diagramação. O texto está colocado apenas numa coluna, semelhante a livros comuns e livre de versículos colocados no início das frases, o que facilita ainda mais uma leitura direta.
Quando era pastor, Eugene deparou-se com o terrível desinteresse de muitos cristãos em conhecer a Palavra. Foi daí que encarou como sua missão a responsabilidade de fazer entendida a mensagem da Bíblia entre o seu rebanho. Como ele mesmo diz, o seu texto foi “moldado pelas mãos de um pastor atuante”, e esta é a explicação de uma linguagem tão pessoal.
Contudo, “A Mensagem” não pode ser considerada uma “versão bíblica” – por isso o termo “paráfrase”. Apesar do uso dos textos originais, em hebraico e grego, Peterson que além de escritor e professor de teologia é poeta, deixou-se levar pela liberdade de interpretação e adaptação à linguagem contemporânea americana.
Muitas críticas foram feitas à obra e alguns estudiosos alegaram erros e desprezo às doutrinas que precisariam de palavras específicas para obter validade. Eles podem ter razão. Alguns trechos bíblicos ficam realmente vagos na variante de Peterson – como Lucas 5:33*, por exemplo – enquanto outros ficam extremamente poderosos, como Isaías 40:3**, ou extremamente pessoais como Apocalipse 1:3***.
O que precisamos ter em mente antes de ler a bíblia de Peterson é a sua própria intenção e indicação quanto à obra. O autor não a indica para estudo e pregação; A sua recomendação é apenas para que seja lida, de forma despretensiosa, como leitura de relacionamento e descanso. Se o objetivo é captar o contexto geral das Escrituras, podemos ser preservados de tropeços doutrinários quanto às mudanças radicais em relação aos textos originais. Portanto, considero, como Peterson, a leitura de “A Mensagem” válida, desde que não desprezemos as nossas versões tradicionais.

** “Depois que os noivos forem embora, o jejum pode começar. Ninguém joga água fria na fogueira enquanto tem gente em volta. Essa é a vinda do Reino.” Lucas 5:35  (A Mensagem)
“Dias virão, porém, em que o esposo lhes será tirado, e, então, naqueles dias, jejuarão.” Lucas 5:35  (Almeida Revista e Corrigida Fiel)

** “Trovão do deserto! ‘Preparem-se para a chegada do Eterno! Tornem o caminho plano e reto! Um caminho adequado ao nosso Deus.’” Isaías 40:3 (A Mensagem)
 “Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor; endireitai no ermo vereda a nosso Deus.” Isaías 40:3 (Almeida Revista e Corrigida Fiel)

** “Leitor, você é um abençoado! São abençoados também os que ouvem e guardam estas profecias, todas as palavras escritas neste livro! O tempo está para se cumprir.” Apocalipse 1:3 (A Mensagem)

“Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo”. Apocalipse 1:3 (Almeida Revista e Corrigida Fiel).

Triunfar sem criticar, é o princípio básico de um líder!

  Se queremos triunfar na vida, não devemos criticar ninguém. Aqueles que criticam os outros são débeis, no entanto aquele que se autocrític...