Numa sociedade cada vez mais
egoísta, na qual as pessoas tendem a centrar-se nelas mesmas e a não olhar para
os que as rodeiam, é cada vez mais importante e mais valorizada a existência de
alguém que se diferencie nesse aspecto e se preocupe com os outros.
Todas
as pessoas podem ser “grandes”, porque todos nós podemos servir. Não
precisamos de ter um diploma universitário para servir. Não precisamos de saber
conjugar o “sujeito” com o “verbo” para servir. Só precisamos de um coração
cheio de graça e de amor ao próximo. De uma alma gerada pelo amor e para o
amor.
O verdadeiro amor ao próximo manifesta-se através da
identificação de quem é o nosso próximo e de como podemos ser próximos dele.
Precisamos de entender que o nosso próximo é aquele a quem podemos abençoar
prestando socorro nos tempos de necessidade, ou simplesmente, servindo os
outros no dia-a-dia. O amor genuíno pelo próximo abrirá os nossos olhos para
que possamos ver as suas necessidades e dilatará o nosso coração até
transbordar de compaixão pela sua vida. Como consequência de tudo isso, solta-se em nós um fluxo de acções concretas, que nos colocam
no contexto de vida dessa pessoa, de tal maneira que podemos dizer que não
apenas reconhecemos, vimos ou sentimos algo; mas sim que, verdadeiramente nos
envolvemos com a pessoa e com as suas necessidades.
Pare um pouco para pensar nas pessoas que o cercam. Pense
também nas que não estão tão próximas, geograficamente falando (por exemplo
África), mas que podem ser ajudadas por si de alguma forma, como se elas
estivessem ao seu lado. Comece a ver as suas necessidades com os olhos da alma.
Agora, permita ao seu íntimo que introduza em si o sentimento da compaixão e do
amor, e pergunte a si mesmo como pode fazer diferença na vida dessas pessoas.
Além disso, esteja pronto para agir a qualquer momento do seu dia, caso surja
alguma oportunidade para ajudar alguém.
De facto, ajudar o próximo é um gesto honroso e, muitas
vezes, simples, que todos podem fazer. Porém, nem sempre estamos dispostos a
tirar um pouco do nosso tempo e dá-lo a quem mais precisa.
Ser um voluntário é dar ao seu próximo “algo” que ele
precisa, mas antes de mais é fazer com que este “algo” seja uma força à qual a
pessoa possa recorrer para mudar o rumo da sua vida.
Qualquer pessoa se pode tornar num voluntário. Para isso,
basta procurar a Associação mais próxima de si e saber o que pode fazer e como
pode ajudar.
Bem hajam.
Pajovi Setembro 2017