sábado, 24 de setembro de 2022

Perdão, porquê?

 

“Quando perdoamos, estamo-nos a libertar. Com o perdão, as algemas que nos prendiam ao passado são partidas, e passamos a respirar aliviados e a caminhar livremente”.

“Então, Pedro, aproximando-se, lhe perguntou: Senhor, até quantas vezes meu irmão pecará contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes?” Mateus 18:21 (ARA)

“Tão amplo como o universo que habitamos é o universo que habita em nós.”

Carlos Hilsdor.

Temos de compreender como se movem as energias no nosso ser interior, pois esta é a condição para podermos ser livres e felizes. A liberdade é o maior bem do qual podemos usufruir nesta escola que é a vida, mas jamais seremos livres se não libertarmos certos “conteúdos” deste nosso universo interior. Disse, pois, Jesus aos judeus que haviam crido nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos;
e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.”
João 8:31,32 (ARA)

Quando reprimimos a nossa energia interior, damos origem à doença, nomeadamente à depressão. A nossa energia gerada pelos pensamentos e pelas emoções, deve fluir como os rios e como os ventos, que sopram livremente. O movimento que orquestra e define a vida tem de fluir livre e continuamente. A água muito tempo parada é sinônimo de água contaminada. As mais perigosas de todas as “águas contaminadas”, ou seja, os mais perigosos “conteúdos” do nosso eu, ou do nosso universo interior, são: a ignorância, o egoísmo, o orgulho, a vaidade, a raiva e a mágoa.

A raiva e a mágoa são terrivelmente destrutivas para todos os que lhes dão guarida no seu interior. Raiva e mágoa destroem de dentro para fora, causando danos por vezes irrecuperáveis. Raiva e mágoa alimentam-se de si mesmas e, também, do nosso orgulho e vaidade. Manter a mente e o coração repletos de raiva e mágoa equivale a andar pela vida com uma bomba relógio prestes a explodir, é só uma questão de tempo.

Raiva e mágoa são sentimentos corrosivos, que destroem as nossas possibilidades de sermos felizes. Felizmente existe um antídoto: o perdão.

Mas não serve qualquer perdão. Somente o perdão autêntico e verdadeiro é terapêutico e libertador!

“Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós;”
Colossenses 3:13(ARA)

Pode parecer estranho, mas, nem todo perdão é benéfico; afinal, nem todo perdão é sincero!

“Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em Cristo, vos perdoou.” Efésios 4:32 (ARA)

Quando alguém “incha” o peito e diz que foi ofendido, mas que perdoou, está na verdade a autopromover-se, a querer provar a si mesmo e aos outros, como é bondoso por ter perdoado. Este perdão não é verdadeiro. Tal como a pessoa que diz: – Eu perdoo, mas Deus fará “justiça” por mim. Esse perdão, além de não ser verdadeiro, está muito longe da verdadeira compreensão de justiça e da misericórdia de Deus.

“Têm de provar que abandonaram o pecado, praticando obras que mostrem arrependimento. “Mateus 3:8 (OL)

Não há perdão sincero se não nos esquecermos da raiva e da mágoa que lhe deram origem. Esquecer a mágoa e a raiva não significa esquecer o facto! Os factos, muitas vezes, permanecem na memória e são motivo de aprendizagem para o futuro. Se esquecêssemos todo o mal que nos fizeram no passado, não aprenderíamos como nos cuidar melhor no futuro.

Não há relacionamento sincero sem aceitação. Para perdoar é preciso aceitar. Aceitar não significa concordar, significa compreender!

Para perdoar precisamos de nos compreender a nós mesmos e aos outros. 

Se alguém errou consigo, mesmo que seja grave, não perca tempo e saúde do corpo e da alma, alimentando a raiva e a mágoa, pois isso nos mantem aprisionados ao passado. Temos de perdoar e seguir. Perdoar é inteligente e humano. Perdoar é libertarmo-nos primeiro a nós mesmos, depois ao outro.

Se é verdade que o amor é a porta da felicidade, o perdão é a única chave que pode abrir essa porta, quando está fechada!

“E, quando estiverdes orando, se tendes alguma coisa contra alguém, perdoai, para que vosso Pai celestial vos perdoe as vossas ofensas. [Mas, se não perdoardes, também vosso Pai celestial não vos perdoará as vossas ofensas.]” Marcos 11:25,26 (ARA)

Perdoe e siga em frente.

 

Pajovi 2022

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