segunda-feira, 19 de junho de 2023

A Estrada Nacional 103

 

Estrada Nacional 103: uma viagem para descobrir o Norte

As viagens de carro permitem viajar ao nosso ritmo, sem multidões nem pressas.

Conheça a Nacional 103.

A Estrada Nacional 103 liga o litoral minhoto ao interior trasmontano. Começa em Neiva, perto de Viana do Castelo, onde entronca com a EN 13, e prolonga-se por uma paisagem multifacetada pelo Este do Alto Minho, e por toda a zona Norte de Trás-os-Montes e termina em Bragança. A N103 estende-se por 265 quilómetros.

A Nacional 103 é, assim, uma estrada com curvas e contracurvas que percorre 265 quilómetros cheios de pontos de interesse:

Atravessa os concelhos de; Miranda do Douro – Vimioso – Bragança – Vinhais – Valpaços – Chaves – Boticas – Montalegre – Vieira do Minho Póvoa de Lanhoso – Vila verde – Braga – Barcelos – Esposende – Viana do Castelo 

Permite-nos descobrir várias áreas protegidas: Reserva da Biosfera Transfronteiriça da UNESCO Planalto Ibérico, Parque Natural do Douro Internacional, Parque Natural de Montesinho, Parque natural Peneda Gerês, Parque Natural do Litoral Norte;

É uma estrada ladeada por diferentes rios: Douro, Angueira, Sabor, Baceiro, Tuela, Rabaçal, Tâmega, Beça, Rabagão, Cávado, Neiva;

Atravessa as serras de; Montesinho, Padrela, Larouco, Gerês

Bragança, Vinhais

Começamos, então, esta viagem pelo fim da Nacional 103, mais propriamente em Bragança, onde fica o quilómetro 265.

Fizemos um desvio até Rio de Onor, vencedor, em 2017, das 7 Maravilhas de Portugal na categoria de Aldeias em Áreas Protegidas.

É uma pequena localidade tipicamente transmontana, com casas de xisto escurecido, varandas de madeira e dois andares (o de cima para a família, o de baixo para o gado). É uma das zonas do país com maior biodiversidade, sendo ali que residem a maior parte dos mamíferos silvestres da Europa.

Em Bragança, aproveite para visitar o Castelo e a torre de menagem, onde reza a lenda que uma princesa apaixonada por um mouro foi feita prisioneira. Poderá ainda visitar o Museu do Abade de Baçal e a Igreja da Misericórdia, caminhando tranquilamente pelas muralhas, percorrendo toda a sua extensão e aproveitando para absorver toda a energia que aquele local histórico tem para transmitir.

O Parque Biológico de Vinhais é mais uma aposta ganha neste roteiro bem português, podendo aí desfrutar de belos momentos em família. Vinhais é conhecida pelas atividades ligadas à agricultura, natureza, gastronomia, destacando-se produtos como a castanha e o porco bísaro, que resultam em pratos cheios de sabor. E, claro, o famoso fumeiro, ou não fosse Vinhais conhecida como “Capital do Fumeiro”.

Póvoa de Lanhoso, Vieira do Minho, Montalegre e Boticas

Este trecho da viagem pela Nacional 103 começa pela Póvoa de Lanhoso, mais propriamente no castelo, onde as ruínas vão resistindo e mostram que por aquelas terras ainda há muito vida para viver.

Este local serviu de ponto de abrigo a D. Teresa, mãe de D. Afonso Henriques, quando, após a batalha de S. Mamede, seguia para o exílio na Galiza. Uma das marcas culturais, artísticas e sociais desta região é a filigrana, uma fina e laboriosa forma de trabalhar o ouro e a melhor forma de a conhecer é visitando o Museu do Ouro, no lugar de Aldeia de Baixo, freguesia de Travassos.

O grande destaque em Vieira do Minho é mesmo a sua incrível paisagem, que mais parecem recortes artísticos ou pinturas de uma tela magnânima. Isto faz com que o concelho seja propício para a prática de desportos outdoor, como a prática de BTT, escalada, caminhadas, trekking… Mas é igualmente uma zona muito rica em património cultural, marcado por uma beleza rústica, e pela simpatia e hospitalidade das suas gentes.

No coração do Gerês

Em pleno Parque Nacional da Peneda Gerês, a vila de Montalegre ainda conserva toda a sua imponência histórica, especialmente quando nos referimos ao castelo construído no séc. XIII, que a colocam como ponto estratégico de defesa do território. Outro ponto de interesse a não perder é mesmo a gastronomia, pois Montalegre é famosa pela produção de enchidos e presunto, ao qual o seu apetite não vai resistir.

A Vila de Boticas encerra em si muitas atividades e locais de interesse, da gastronomia à cultura passando pelo património e natureza. Destaca-se o Centro de Artes Nadir Afonso, um edifício de arquitetura contemporânea que se assume como uma verdadeira homenagem ao artista transmontano com raízes maternas em Boticas. Visite também o Museu Rural de Boticas, para compreender melhor a história do local.  

Braga, Barcelos, Neiva

O último trecho desta roadtrip pela Nacional 103 passa primeiro por Braga, onde podemos desfrutar da beleza da cidade, da sua riqueza patrimonial, que alia a tradição à inovação, a memória à juventude, a criatividade ao conservadorismo. Claro que deve visitar o ponto considerado como porta-estandarte da região Minhota, o Bom Jesus – a mais antiga Catedral de Portugal.

Nesse sentido, visitar Braga é quase como fazer uma viagem no tempo, onde a cidade antiga e de tradicional religiosidade convive com a modernidade, empreendedorismos e espírito jovem, que se refletem nos momentos de cultura, comércio, gastronomia, indústria e serviços.

Rumamos em direção a Barcelos, local distinguida internacionalmente com o Prémio Europeu de Destino de Turismo Cultural Sustentável 2019, promovido pela European Cultural Tourism Network, na categoria de Contribuições das Indústrias Culturais e Criativas (ICCs), com o tema “Contribuições do artesanato e da arte popular como caminhos para um turismo mais sustentável”.

Por isso, aproveite uma parte deste último dia para descobrir os encantos naturais do território barcelense, que encanta e desafia, quer pela diversidade da paisagem, quer pela singularidade de alguns locais e espaços como os rios, riachos e ribeiras.

Ligação a Santiago

Chegamos ao fim desta jornada – e ao início da Nacional 103: a S. Romão de Neiva, uma pequena aldeia minhota cuja história se encontra muito ligada à presença dos monges beneditinos, até porque o mais importante monumento aqui existente é o Mosteiro, um templo de sólida estrutura granítica com paredes de três metros de espessura.

Neiva é igualmente atravessada pelos Caminhos de Santiago, nomeadamente pelos peregrinos que vêm do Sul. O Mosteiro servia também de alojamento e local de tratamento para quem realizava este percurso espiritual.

Pelo caminho muitos mais locais se encontram, podem e devem fazer pequenos desvios para visitar os vários locais que encontrem durante o percurso.  Os aqui descritos são apenas uma amostragem do que é a Estrada Nacional 103.

 

Percorremos assim os seguintes locais;

Montalegre

Vilarinho de Negrões, Montalegre

Castro de Carvalhelhos, Beça

Boticas

Chaves

Vinhais

Bragança

 



Viana do Castelo

Barcelos

Braga

Póvoa de Lanhoso

Fafião, Montalegre

Cascata de Pincães, Cabril

Pitões das Junias

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 



Pajovi 2023

A Estrada Nacional 4

 

A EN 4 atravessa todo o Alentejo Central, tem o seu início no Montijo no final da EN 5 (na chamada via circular externa) e o seu términus junto à fronteira do Caia. 

O projeto inicial desta estrada, incluía uma ponte sobre o Rio Tejo, para ligar diretamente Lisboa ao Alentejo e à fronteira do Caia em Elvas. Essa ponte nunca foi construída e a estrada começa em terra no Km 12 no Montijo.

Saindo do Montijo passamos por: Pegões – Vendas Novas – Montemor-o-Novo – Arraiolos – Estremoz – Borba – Terrugem – Elvas, fim da viagem, num total de 188 Km.

Locais a visitar:

Montijo; A história do Montijo está intimamente ligada ao Tejo, destacando-se pela sua paisagem natural. Mas o Montijo tem também um vasto património edificado e cultural, com particular destaque para a sua Frente Ribeirinha. O Moinho do Cais de Aldeia Galega/Montijo é um dos vários moinhos de maré que vale a pena visitar na Margem Sul do Tejo. É um dos ex-libris do concelho e as referências documentadas apontam as suas origens para o séc. XVII. No entanto, a cruz da Ordem de Santiago, visível na fachada exterior, denota uma existência anterior.

Vendas Novas; Palácio Real de Vendas Novas, conhecido por Palácio das Passagens, (Regimento de Artilharia n5). Claro não podemos passar por aqui sem ir comer uma bifana.

Montemor-o-Novo; comece pelo ex-libris de Montemor, o seu ancestral castelo (ruínas do castelo). Chafariz de Nossa Senhora da Conceição. Museu de Arqueologia de Montemor-o-Novo, outrora Convento de São Domingos.

Arraiolos; Centro interpretativo do tapete de Arraiolos, o Castelo que difere dos demais do Alentejo, pelo seu formato circular.

Estremoz; Castelo de Estremoz e cidade velha. A entrada da cidade velha de Estremoz é feita por uma das quatro portas de mármore da muralha: Porta de Santo Antônio, Porta de Santa Catarina, Porta dos Currais e Porta de Évora.

As portas medievais de mármore são do século XVII, feitas com o mármore de Estremoz e já dão uma preliminar das obras de arte da cidade.

Borba; Em Borba destaco, a fonte das Bicas e as Muralhas Medievais.

Elvas; Centro histórico, muralhas islâmicas, medievais e seiscentistas, os fortes de Santa Luzia e da Graça, 3 fortins e o Aqueduto da Amoreira constituem a maior fortificação abaluartada do mundo. É só perder-se pelas ruas, e encontrará muito património religioso e arquitetónico, entre fontes, chafarizes, arcos e pelourinhos.

 

Pajovi 2023






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