quinta-feira, 29 de dezembro de 2022

Ano Velho, Ano Novo

 

É tempo de passagem de ano, de celebrações que despedem o ano velho e o recomeço de um ano novo, mas é também um momento de reflexão, de ponderação e principalmente de gratidão. É tempo de olhar para trás com gratidão e para a frente com fé e esperança. Deus nos tem dado de presente mais um ano de que agora nos despedimos, e a Ele devemos agradecer pela generosidade e misericórdia infinitas com nos tem agraciado.

Vamos receber o Ano Novo com a alma renovada de esperança e alegria, sempre com Jesus no coração, e que assim seja todo o novo ano que se vai iniciar.

Que o Evangelho de Cristo seja a nossa orientação em cada dia deste novo ano. Que saibamos encontrar a felicidade na paz e no amor de Cristo. Que Deus nos continue a abençoar a todos e que a Sua luz ilumine os nossos corações.

Que possamos ser abençoados pelo nosso Deus e Pai a cada dia. Vamos lutar para sermos diferentes, vamos lutar para sermos melhores, mudemos as sementes para mudarmos os frutos que vamos colher neste novo ano. Nas nossas vidas do dia-a-dia não percamos a direção de Deus, vamos confiar sempre em Deus e agradecer-Lhe por cada dia da nossa vida nesta terra, na qual não passamos de meros turistas de passagem.

Espero e quero, que a maior promessa de Ano Novo seja o fortalecimento da nossa fé, e que a saibamos cumprir com todos os nossos deveres em cada um dos 365 dias do ano.

A todos desejo um Feliz Ano Novo! Que seja de amor, perdão, paz e felicidade!

Pajovi 2022


quarta-feira, 21 de dezembro de 2022

Natal o que é ou o que significa?

 

O que significa a palavra Natal? Segundo o Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, Natal é: 1. Relativo a nascimento. - 2. Relativo ao país ou ao local em que algo ou alguém nasceu.

Árvore de Natal montada e com muitos presentes ao redor, uma mesa cheia de comida, Família reunida, estes são os protagonistas quando o tema é o Natal. Mas será que este é o verdadeiro significado do Natal? 

Quando chega o mês de dezembro chega com ele a expectativa para o Natal. Resumindo, muitos passam os meses impacientemente a querer que esta data chegue, por tudo o que ela envolve, presentes debaixo da árvore, luzes a piscar nas janelas, postais de natal, jantares com a família e os amigos, meias penduradas nas portas e muito mais. 

No entanto, para o meio evangélico, o Natal é muito mais do que uma simples data comercial. O Natal é a data (simbólica) em que comemoramos o nascimento de Jesus Cristo.

Além disso, também é tempo de renovação, de alegria e de estar em comunhão com a família, comemorando o nascimento de um homem (Jesus) que mudou a vida de todos nós. Isto já tinha sido profetizado pelo profeta Isaías, (Isaías foi profeta em Jerusalém, de acordo com os textos bíblicos, Isaías viveu no reino de Judá entre os séculos VIII e VII a.C., durante os reinados de Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias.) Isaías 9:6 (ARA) – Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz;” 

Deus enviou o seu filho Jesus ao mundo. 

Natal tal como lemos, significa nascimento. O verdadeiro significado do Natal é o nascimento de Jesus Cristo, que veio à terra para nos dar a salvação eterna. Ao se tornar um homem, Deus mostrou que se preocupa connosco nos mais pequenos detalhes. O sacrifício de Jesus na cruz e a sua ressurreição, não teriam sido possíveis se ele não tivesse nascido como um homem.

A história do nascimento de Jesus é relatada na Bíblia Sagrada nos evangelhos de Mateus e Lucas. Mateus 1: 21- 23 (ARA) – “Ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles. Ora, tudo isto aconteceu para que se cumprisse o que fora dito pelo Senhor por intermédio do profeta: Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de Emanuel (que quer dizer: Deus connosco).” Lucas 1:30-32 (ARA) – “Mas o anjo lhe disse: Maria, não temas; porque achaste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem chamarás pelo nome de Jesus. Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; Deus, o Senhor, lhe dará o trono de Davi, seu pai;”

 Este foi um acontecimento de extrema importância para a humanidade, porque marcou o início da nossa salvação, cumprindo assim, várias profecias do Antigo Testamento sobre o nascimento do Salvador do mundo e a sua vitória sobre satanás. 

Apesar disso, não está comprovado que Jesus tenha nascido no dia 25 de dezembro. Na realidade, não se sabe ao certo a data do Seu nascimento. Resumindo, o dia 25 de dezembro é apenas uma data escolhida para lembrar este acontecimento importante todos os anos. 

Resumidamente, Natal é alegria, é comunhão, é esperança, é ter Jesus no nosso coração. Para lá de todas as iguarias, festas em família e presentes, este dia só faz sentido, quando celebramos tendo Jesus Cristo no nosso coração como Senhor e Salvador. 

Pajovi  2022

terça-feira, 8 de novembro de 2022

O que é um jugo desigual?

 

Muitas pessoas têm dúvidas a respeito do real significado da expressão “jugo desigual”, traduzida do grego para o português desta forma em 2 Coríntios 6.14-15 (ARA):  Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos; porquanto que sociedade pode haver entre a justiça e a iniquidade? Ou que comunhão, da luz com as trevas? Que harmonia, entre Cristo e o Maligno? Ou que união, do crente com o incrédulo?

Vamos analisar o que diz o apóstolo neste texto. Fica bastante claro se observarmos todo o contexto, sobre o que está o apóstolo Paulo a falar, é sem dúvida acerca da “sociedade”, da “comunhão”, da “harmonia”, da “união” e da “ligação” entre servos de Deus e as pessoas incrédulas (2 Coríntios 6.14-18) (ARA). Todas estas palavras escritas por Paulo, reforçam o pensamento de que o crente deve avaliar com muito cuidado os seus laços de relacionamentos e negócios com incrédulos.

Posto isto, vamos avaliar a expressão grega “heterozugeo”, traduzida para o português como “jugo desigual”. No grego a expressão aponta para alguém que tem um relacionamento desigual ou que tem comunhão com alguém que não é semelhante. (Léxico Hebraico, Aramaico e Grego de Strong). Em português a palavra “jugo” aponta para uma “canga ou junta de bois” (Dicionário Priberam), que é um objeto que une dois bois para que andem no mesmo compasso, enquanto puxam o carro de bois. Uma figura bastante clara de “algo” que une duas ou mais pessoas à volta de um objetivo comum. Se o jugo estiver desigual, os bois não conseguem atingir o objetivo de fazer o carro de bois andar corretamente, além de sofrerem muito.

Para compreendermos o significado real do texto, precisamos ainda avaliar as palavras citadas por Paulo para apontar este tipo de união: sociedade, comunhão, harmonia, união e ligação.

A palavra sociedade, traduzida do grego “metoche”, significa partilhar, participar. A palavra comunhão, traduzida do grego “koinonia”, significa ter uma relação de intimidade, de comunhão íntima com alguém. A palavra harmonia, traduzida do grego “sumphonesis”, significa concordância, acordo. A palavra união, traduzida do grego “meris”, significa uma parte designada, traduzida nalgumas versões bíblicas em português como “em comum”. A palavra ligação, traduzida do grego “sugkatathesis”, significa aprovação, assentimento, acordo. (Léxico Hebraico, Aramaico e Grego de Strong).

Colocados os significados das expressões, podemos entender sobre o que Paulo está a falar neste texto. Paulo está a falar de uma união de pensamentos e propósitos nas relações entre crentes e incrédulos. Uma união de intimidade que os faz andar nos mesmos propósitos. Propósitos, é claro, de conflito com a sã doutrina (jugo desigual), por isso mesmo totalmente rejeitados por Deus.

Penso que Paulo não está a proibir aqui, todo o tipo de relacionamento com incrédulos, caso contrário, seria impossível realizar a obra de evangelização ordenada por Jesus e até mesmo viver neste mundo.

O que está em questão aqui, é uma união de propósitos que nunca combinarão, devido ás suas diferenças notórias. Repare nas perguntas de Paulo, que nos mostra o contraste claro deste tipo de união de propósitos: “que sociedade pode haver entre a justiça e a iniquidade? Ou que comunhão, da luz com as trevas? Queharmonia, entre Cristo e o Maligno? Ou que união, do crente com o incrédulo? Que ligação há entre o santuário de Deus e os ídolos?” (2 Coríntios 6.14-16)

A diretiva de Paulo, expõe o porquê de Deus não querer este tipo de união na vida dos Seus servos: 2 Coríntios 6:16-18 (ARA)” Que ligação há entre o santuário de Deus e os ídolos? Porque nós somos santuário do Deus vivente, como ele próprio disse: Habitarei e andarei entre eles; serei o seu Deus, e eles serão o meu povo. Por isso, retirai-vos do meio deles, separai-vos, diz o Senhor; não toqueis em coisas impuras; e eu vos receberei, serei vosso Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-Poderoso.”

Assim, o crente deve ser sábio para avaliar que tipo de “sociedade”, “comunhão”, “harmonia”, “união” e “ligação” assume com alguém descrente, pois podem ser prejudiciais à sua vida de cristão e estar em desacordo com a vontade de Deus. Lembrando que Paulo traz a ideia de que o crente é o santuário de Deus, ou seja, Deus habita nele. No Antigo Testamento, quando o templo ainda existia, muitas vezes o povo de Deus trouxe coisas impuras para dentro do tempo, contaminando-o e provocando a ira de Deus e grande calamidade sobre si. O crente em Jesus, sendo santuário de Deus, não pode imitar esse mau costume prejudicial.

Para concluir, é interessante notar que Paulo não nos deixou nenhuma lista para exemplificar que tipos de uniões estariam incluídas na sua proibição. Eu também não tenho a ousadia de deixar nenhuma lista. Creio que cada um deve avaliar caso a caso para tomar decisões acertadas sobre as relações de comunhão e intimidade que assume com descrentes, se estão ou não debaixo da bênção de Deus, se estão ou não em conformidade com a sã doutrina, se são ou não um jugo desigual.

A base para a tomada de decisão, está clara nas palavras de Paulo nas Escrituras Sagradas.

 

Pajovi 2022

domingo, 16 de outubro de 2022

Fazer um compromisso com Deus?

 

Um compromisso com Deus deve ser feito apenas por devoção ou gratidão a Deus. Não serve como uma forma de negociar com Deus. Antes de assumir um compromisso com Deus, analise bem quais as suas intenções.

Na prática, assumir um compromisso com Deus é a mesma coisa que fazer uma promessa. Quem assume um compromisso, está -se a comprometer a fazer alguma coisa. A Bíblia avisa de que isto não é brincadeira. Eclesiastes 5:4-5 (ARA)Quando a Deus fizeres algum voto, não tardes em cumpri-lo; porque não se agrada de tolos. Cumpre o voto que fazes. Melhor é que não votes do que votes e não cumpras.”

Qual é o propósito do compromisso?

Esta é a primeira pergunta que devemos fazer: por que quero fazer este compromisso com Deus?

Poderá fazer um compromisso para se dedicar mais a Deus, ou às coisas de Deus. O tempo do compromisso servirá então para se aproximar mais de Deus e aprofundar o seu relacionamento com Ele. Um compromisso destes também pode ajudar a ouvir melhor a voz de Deus. Um exemplo é o compromisso de fazer jejum.

Outro tipo de compromisso que pode fazer é por gratidão. Algumas pessoas fazem um compromisso com Deus para agradecer por alguma coisa que Ele fez. Isso é uma forma de dar glória a Deus pela Sua bondade. Salmos 116:17-19 (ARA) “Oferecer-te-ei sacrifícios de ações de graças e invocarei o nome do Senhor. Cumprirei os meus votos ao Senhor, na presença de todo o seu povo,
nos átrios da Casa do Senhor, no meio de ti, ó Jerusalém. Aleluia!”

Mas um compromisso com Deus não serve como negócio. Deus não nos dá bênçãos porque lhe prometemos dar alguma coisa em troca. Não se pode comprar as bênçãos de Deus. Deus dá de graça, como Ele quer e quando quer. Ele não tem nenhuma obrigação de nos dar nada quando fazemos um compromisso com Ele. Se fizer um compromisso com Deus, deve ser por amor e dedicação para com Ele, não como troca comercial.

Como fazer um compromisso com Deus.

Depois de analisar por que razão quer fazer um compromisso, precisa de pensar no que vai fazer. Esta é algo com que precisa de tomar muito cuidado. Deus não quer que ninguém se magoe ou que faça mal a outra pessoa.

Analise a sua situação e decida se a sua ideia é possível e segura. Não prometa fazer nada que está fora do seu alcance, como dar mais dinheiro do que tem, ou fazer um jejum mais prolongado do que o seu corpo aguenta. Faça um compromisso que saiba que consegue cumprir.

Decida como vai fazer o seu compromisso com Deus e cumpra! Mas, se descobrir que o seu compromisso não é bom, ou se sentir de Deus que não deve continuar, pare. Não faça nada que o prejudique.

Fiz um compromisso com Deus que não consigo cumprir. O que faço?

Peça perdão a Deus por ter feito um compromisso insensato. Deus perdoa a quem se arrepende. 1 João 1:9 (ARA) “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.”

Ele não o vai obrigar a fazer aquilo que não consegue. Mas isso não significa que possa fazer continuamente compromissos com Deus, de maneira irresponsável. Da próxima vez, pense melhor sobre o compromisso antes de se comprometer.

Pajovi  2022

sábado, 8 de outubro de 2022

A INCONFORMIDADE COM AS MUDANÇAS CULTURAIS E ESPIRITUAIS

 

Nesta cultura atual em constante mudança, nestes tempos atribulados e conturbados, cheguei à conclusão de que já não consigo acompanhar (nem quero), nem conformar, com as imensas mudanças culturais que estão a acontecer à nossa volta. Até há pouco tempo, eu aceitava estas mudanças sociais como sendo inevitáveis. No entanto, como cristão, seguidor de Jesus Cristo, compreendo agora, que não posso aceitar uma grande parte destas mudanças e estou a tomar uma posição na defesa daquilo a que designo como «inconformidade».

Somos chamados pelo nosso Deus e Pai a seguir os Seus caminhos, e não a conformarmo-nos com os caminhos deste mundo.

A Bíblia admoesta todos os cristãos, em: Romanos 12:1-2 (ARA)- “Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.”

Quando eu era um jovem e servia na Armada Portuguesa, ensinaram-me a seguir as ordens que vinham de cima. A ter uma conduta ordeira, a reger-me por regras estabelecidas. Esta situação produz resultados positivos por parte de qualquer grupo de pessoas. As empresas também precisam de estabelecer boas práticas, a fim de assegurar que os funcionários, seguem diretrizes que honrem a companhia e que servem adequadamente os clientes.

Todos os desportos organizados têm regras por uma razão: se não houvesse limites, instalar-se-ia o caos; os jogadores aproveitar-se-iam de tudo o que quisessem fazer. Sem regras adequadas e apropriadas, o resultado seria uma anarquia competitiva.

Creio que este é o grande problema com toda a revolta cultural que temos observado nos últimos anos. Muitas pessoas inventam as regras ao longo da vida e fazem aquilo que sentem estar certo aos seus próprios olhos. Na verdade, é isso que o Antigo Testamento nos diz. Em Juízes 2:10-11, (ARA) lemos: “Foi também congregada a seus pais toda aquela geração; e outra geração após eles se levantou, que não conhecia o Senhor, nem tampouco as obras que fizera a Israel. Então, fizeram os filhos de Israel o que era mau perante o Senhor; pois serviram aos baalins.”

Vamos abordar isto a partir de um ângulo diferente. Em vez de avaliarmos a culpa, vamos oferecer aquilo que pessoalmente, penso que é o antídoto para esta pandemia cultural e espiritual crescente. Todos aqueles que têm um relacionamento pessoal com o nosso Pai Celestial através de Jesus Cristo, são capazes de se apropriar da Sua vida espiritual, através do Espírito Santo, que vive em nós. Precisamos de clamar ao Senhor para que nos encha com o Seu Espírito Santo, e nos dê o entendimento necessário para que, adotemos as ações convenientes a fim de termos a plena convicção de que a mensagem divina de paz e esperança, é anunciada com eficácia, permeando o coração daqueles que estão à nossa volta.

Dentro deste contexto, de procurarmos viver uma vida de contracultura que honre a Deus, penso nas palavras escritas pelo apóstolo Paulo. Em Colossenses 3:15-17, (ARA) Seja a paz de Cristo o árbitro em vosso coração, à qual, também, fostes chamados em um só corpo; e sede agradecidos. Habite, ricamente, em vós a palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus, com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, com gratidão, em vosso coração. E tudo o que fizerdes, seja em palavra, seja em ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai.”

Precisamos de nos agarrar firmemente ao que sabemos ser verdadeiro e correto, firmes com sabedoria na graça que nos foi dada pelo nosso Deus e Pai. Então, poderemos orar por cura e restauração da nossa cultura e do nosso povo, incluindo dos homens e das mulheres com que nos cruzamos todos os dias no nosso trabalho e nos afazeres diários.

 

Pajovi 2022

sábado, 24 de setembro de 2022

Perdão, porquê?

 

“Quando perdoamos, estamo-nos a libertar. Com o perdão, as algemas que nos prendiam ao passado são partidas, e passamos a respirar aliviados e a caminhar livremente”.

“Então, Pedro, aproximando-se, lhe perguntou: Senhor, até quantas vezes meu irmão pecará contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes?” Mateus 18:21 (ARA)

“Tão amplo como o universo que habitamos é o universo que habita em nós.”

Carlos Hilsdor.

Temos de compreender como se movem as energias no nosso ser interior, pois esta é a condição para podermos ser livres e felizes. A liberdade é o maior bem do qual podemos usufruir nesta escola que é a vida, mas jamais seremos livres se não libertarmos certos “conteúdos” deste nosso universo interior. Disse, pois, Jesus aos judeus que haviam crido nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos;
e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.”
João 8:31,32 (ARA)

Quando reprimimos a nossa energia interior, damos origem à doença, nomeadamente à depressão. A nossa energia gerada pelos pensamentos e pelas emoções, deve fluir como os rios e como os ventos, que sopram livremente. O movimento que orquestra e define a vida tem de fluir livre e continuamente. A água muito tempo parada é sinônimo de água contaminada. As mais perigosas de todas as “águas contaminadas”, ou seja, os mais perigosos “conteúdos” do nosso eu, ou do nosso universo interior, são: a ignorância, o egoísmo, o orgulho, a vaidade, a raiva e a mágoa.

A raiva e a mágoa são terrivelmente destrutivas para todos os que lhes dão guarida no seu interior. Raiva e mágoa destroem de dentro para fora, causando danos por vezes irrecuperáveis. Raiva e mágoa alimentam-se de si mesmas e, também, do nosso orgulho e vaidade. Manter a mente e o coração repletos de raiva e mágoa equivale a andar pela vida com uma bomba relógio prestes a explodir, é só uma questão de tempo.

Raiva e mágoa são sentimentos corrosivos, que destroem as nossas possibilidades de sermos felizes. Felizmente existe um antídoto: o perdão.

Mas não serve qualquer perdão. Somente o perdão autêntico e verdadeiro é terapêutico e libertador!

“Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós;”
Colossenses 3:13(ARA)

Pode parecer estranho, mas, nem todo perdão é benéfico; afinal, nem todo perdão é sincero!

“Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em Cristo, vos perdoou.” Efésios 4:32 (ARA)

Quando alguém “incha” o peito e diz que foi ofendido, mas que perdoou, está na verdade a autopromover-se, a querer provar a si mesmo e aos outros, como é bondoso por ter perdoado. Este perdão não é verdadeiro. Tal como a pessoa que diz: – Eu perdoo, mas Deus fará “justiça” por mim. Esse perdão, além de não ser verdadeiro, está muito longe da verdadeira compreensão de justiça e da misericórdia de Deus.

“Têm de provar que abandonaram o pecado, praticando obras que mostrem arrependimento. “Mateus 3:8 (OL)

Não há perdão sincero se não nos esquecermos da raiva e da mágoa que lhe deram origem. Esquecer a mágoa e a raiva não significa esquecer o facto! Os factos, muitas vezes, permanecem na memória e são motivo de aprendizagem para o futuro. Se esquecêssemos todo o mal que nos fizeram no passado, não aprenderíamos como nos cuidar melhor no futuro.

Não há relacionamento sincero sem aceitação. Para perdoar é preciso aceitar. Aceitar não significa concordar, significa compreender!

Para perdoar precisamos de nos compreender a nós mesmos e aos outros. 

Se alguém errou consigo, mesmo que seja grave, não perca tempo e saúde do corpo e da alma, alimentando a raiva e a mágoa, pois isso nos mantem aprisionados ao passado. Temos de perdoar e seguir. Perdoar é inteligente e humano. Perdoar é libertarmo-nos primeiro a nós mesmos, depois ao outro.

Se é verdade que o amor é a porta da felicidade, o perdão é a única chave que pode abrir essa porta, quando está fechada!

“E, quando estiverdes orando, se tendes alguma coisa contra alguém, perdoai, para que vosso Pai celestial vos perdoe as vossas ofensas. [Mas, se não perdoardes, também vosso Pai celestial não vos perdoará as vossas ofensas.]” Marcos 11:25,26 (ARA)

Perdoe e siga em frente.

 

Pajovi 2022

domingo, 21 de agosto de 2022

LÍDER O QUE É? QUEM É?

 

Líder, é uma pessoa que atua como orientador de um grupo ou equipa, para que possam atingir os objetivos propostos. Para que a sua liderança seja efetiva, os restantes membros do grupo ou equipa, devem de lhe reconhecer capacidade para os orientar e conduzir.

O verdadeiro líder não critica os seus liderados. A crítica é inútil porque fere o orgulho alheio, e provoca a resistência da liderado, que perante a critica, procura justificações. A crítica produz uma reação inevitável contra seu próprio autor. O que critica demais normalmente fracassa.

Um bom líder trabalha intensamente, porém com moderação, o trabalho em excesso provoca fadiga, e esta pode levar à excitação nervosa. É aqui chegado que os erros acontecem e a liderança falha.

Um bom líder nunca deixa de estudar. Para assumir uma posição de liderança reconhecida, é natural que o líder tenha mais conhecimentos e experiência, do que as outras pessoas da equipe que lidera. Por isso, o líder precisa sempre adquirir conhecimentos ou atualizar os que já domina sobre a sua área de liderança. Além disso, grandes líderes estão sempre a estudar sobre a própria liderança em si. Aprendem sobre administração, sobre liderança de pessoas, psicologia, desenvolvimento pessoal, gestão de projetos, no geral, sobre todas as ferramentas e áreas do conhecimento que os tornam melhores líderes a cada dia que passa.

O verdadeiro líder dá o exemplo, não exerce o poder que tem sobre os liderados. Os “líderes” que exercem poder, sobre os trabalhadores que estão sob a sua alçada, provocam ira, descontentamento e ineficácia entre os mesmos. Nenhum trabalhador descontente trabalha com prazer. Muitas vezes as empresas fracassam, porque os operários não trabalham com eficiência quando estão descontentes.

Os líderes têm de ter autodisciplina e de serem organizados. As pessoas na posição de liderança, têm muitas obrigações diárias que têm de ser cumpridas e além disso, precisam de fiscalizar as obrigações dos seus liderados. Perante isto, é inconcebível que um líder seja indisciplinado e desorganizado. A responsabilidade de gerir as suas próprias atividades é o primeiro passo para que um líder seja capaz de gerir as atividades de um grupo, de um projeto ou departamento. É necessário exigir a si próprio, rigor nos padrões de qualidade e no cumprimento de cada tarefa, isto só se consegue com muita autodisciplina e organização. Liderar não é apenas adquirir conhecimentos, mas, acima de tudo, colocar esses conhecimentos em prática diariamente. Apesar do líder ter sempre a última palavra na decisão de determinada estratégia, ele divide as responsabilidades e deixa sempre a possibilidade para que todos participem da decisão e execução. Com isso, é possível afirmar que o líder é um agente de mudança. Há um dito popular que diz que uma imagem vale mais que mil palavras. Nesse sentido, a melhor maneira de um líder despertar na sua equipa um comportamento responsável e produtivo, é agir exatamente da maneira que ele espera que os seus liderados ajam. Se houver discrepância entre discurso e atitude, configura-se hipocrisia. Um bom líder, possui características marcantes sobre os liderados e no seio da sua empresa e por isso, ele é visto como um exemplo a seguir por todos.

O líder tem de ser um bom comunicador, tem de passar de forma clara e objetiva o que a equipa ou grupo têm de fazer para executar as suas tarefas com eficácia. Por ter uma boa influência junto dos seus liderados eles recebem e executam as tarefas de bom grado. 

Para tomar decisões importantes, lidar com as crises e comunicar com calma e transparência com todos os membros da equipe, um líder precisa de ter inteligência emocional. Líderes emocionalmente desequilibrados, que gritam ou que perdem o controle, ou que estão sempre passivos, sem conseguirem impor a sua autoridade, perdem o respeito dos seus funcionários ou liderados e, consequentemente, não conseguem progredir.

Os líderes precisam ser enérgicos para dar ordens, pedir resultados e motivar os seus liderados, mas não podem deixar que essa energia se transforme em stress e ansiedade. Se isso acontece, tanto o líder quanto as outras pessoas podem até mesmo adoecer e colapsar.

O líder tem de ser educado, agradável, afável e respeitoso, estas são algumas das características do perfil do líder, até por isso a sua relação pessoal é ótima com os seus liderados. Conhecer a sua equipe a fundo é uma das características essenciais de um bom líder. Pois, é assim que ele consegue aprimorar as qualidades dos profissionais que lidera e agir de maneira a conseguir corrigir os seus pontos fracos.

Uma das características do bom líder é ser transparente com a equipe. A transparência no dia a dia da empresa, principalmente por meio de informações contínuas, pode fazer com que os profissionais conheçam os erros e saibam exatamente qual o caminho para o sucesso.

Por último, por mais que o líder esteja numa posição de destaque e autoridade, nunca deve perder a consciência de que não faz nada sozinho. Por isso, ele precisa de humildade para reconhecer a importância de todos aqueles que trabalham consigo, nunca se deve tornar arrogante ou sentir-se superior aos seus liderados.

 

Pajovi     2022

quinta-feira, 18 de agosto de 2022

A FÉ E A VIDA DO DIA-A-DIA

 

“Fui crucificado juntamente com Cristo. E, desse modo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. E essa nova vida que agora vivo no corpo, vivo-a exclusivamente pela fé no Filho de Deus, que me amou e se sacrificou por mim. Não torno inútil a Graça de Deus; porquanto, se a justiça pudesse ser estabelecida pela Lei, então, Cristo teria morrido em vão!” Gálatas 2:20-21(KJA)

O que é que esperamos de Deus? Que expectativas temos, perante os acontecimentos dos últimos tempos? Existem pessoas que frequentam a Igreja, à espera de receber aquilo que Deus nunca nos prometeu. Estas pessoas saltam de igreja em Igreja à espera de receberem o que querem, não o que necessitam. Quando lhes perguntamos se têm fé em Cristo, a resposta é “eu tenho a minha fé”. Estas pessoas pensam que essa “fé” significa que tudo ocorrerá de acordo com os seus planos, com a sua vontade, isto só lhes vai trazer uma grande deceção espiritual. A maturidade cristã está diretamente relacionada com a maneira como entendemos o que é realmente ter fé. “Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não veem. Pois, pela fé, os antigos obtiveram bom testemunho.
Pela fé, entendemos que foi o universo formado pela palavra de Deus, de maneira que o visível veio a existir das coisas que não aparecem.”
Hebreus 11:1-3 (ARA).

Assim devemos analisar a relação que existe entre a fé e as adversidades. Existem na Bíblia vários exemplos de pessoas com genuína fé em Deus.  Porém quase todas passaram por situações difíceis. “Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo.” João 16:33 (ARA)

O apóstolo Pedro diz-nos que não devemos estranhar, “o fogo ardente, destinado a nos provar”. “Amados, não estranheis o fogo ardente que surge no meio de vós, destinado a provar-vos, como se alguma coisa extraordinária vos estivesse acontecendo;
pelo contrário, alegrai-vos na medida em que sois coparticipantes dos sofrimentos de Cristo, para que também, na revelação de sua glória, vos alegreis exultando. Se, pelo nome de Cristo, sois injuriados, bem-aventurados sois, porque sobre vós repousa o Espírito da glória e de Deus.”
1 Pedro 4:12-14 (ARA).

O cristão não se deve conformar diante dos problemas do dia-a-dia, deve sim encará-los como oportunidades, para demonstrar o que a fé em Cristo tem de melhor. O cristão tem de aprender a olhar para além da tempestade, para o sol que brilha para lá das nuvens escuras e que em breve irá reaparecer no horizonte. Este é o conselho do apóstolo Paulo. regozijai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, na oração, perseverantes;” Romanos 12:12 (ARA). Este conselho do apóstolo Paulo, ensina-nos as bases da real maturidade cristã. Temos de ser pacientes diante das adversidades e contrariedades e, temos de nos alegrar na esperança e sermos perseverantes na oração. “O homem cujo coração se firma em Deus, será na hora da provação, o mesmo que era na sua prosperidade. A fé consegue alcançar o invisível e junta-se a realidades eternas.” Ellen White.

Pajovi      2022

sábado, 6 de agosto de 2022

Fala de Jesus a um amigo

 

Ter amigos verdadeiros, é um dos principais segredos para se ter sucesso ou não, quer a nível pessoal quer profissional. Os amigos podem ser o nosso suporte, ou a nossa condenação. Como cristão, vivencio no dia-a-dia o facto de ter amigos, que não são cristãos, que não têm Jesus como seu salvador e Senhor. Se somos cristãos de mente e coração, vamos querer falar de Jesus aos nossos amigos, para que eles possam experimentar o amor incomensurável de Jesus. No entanto, muitos jovens cristãos, enfrentam na realidade (principalmente nas escolas) muitas dificuldades neste campo, por medo de “bullyng” seja físico seja emocional.

A grande pergunta é; como posso falar de Jesus aos meus amigos sem sofrer de discriminação? Em primeiro lugar temos de ter amor pelos outros, temos também de ser criativos como Jesus.  A mulher samaritana queria água, então, Jesus se revelou a ela como a “água da vida” (João 4:9,10). Ao falar com pescadores, chamou-os para serem “pescadores de homens” (Mateus 4:19). Vemos aqui, como Jesus foi estratégico e criativo. Temos de usar uma linguagem fácil, que todos possam entender, não podemos chegar, e falar numa linguagem teologicamente rebuscada. Se assim for os nossos amigos, não vão entender nada. Se tem vergonha de falar de Jesus a um amigo, peça a Deus que lhe dê sabedoria (Tiago 1:5 – NBV-P – Se quiserem saber o que Deus quer de vocês façam, perguntem-lhe, e Ele alegremente lhes dirá, pois está sempre pronto a dar uma farta provisão de sabedoria a todos os que lhe pedem”.) e verá, que lhe vão aparecer oportunidades incríveis, para falar de Jesus aos seus amigos. Mas se mesmo assim não se sentir com coragem, tente deixar a sua bíblia sempre à vista, quando dentro do seu carro em viagem com amigos, ponha a tocar músicas evangélicas, escolhendo as músicas de acordo com os gostos musicais dos seus amigos (hoje em dia, existem músicas evangélicas para todos os gostos), refira aos seus amigos que estão a ouvir música evangélica, para que eles vejam que ser seguidor de Jesus não é “algo chato” nem confrangedor, mas sim algo que dá prazer, alegria e liberdade. Ao falar de Jesus a um amigo, está verdadeiramente a ser seu amigo, a se preocupar com ele e com a sua vida. Quando cumprimos o” ide” de Jesus e nos colocamos à Sua inteira disposição, conseguiremos mostrar aos outros por atos o que não conseguimos por palavras. Falar de Jesus a um amigo, é algo que nos tem de ser natural, porque esse é o seu mandamento (Marcos 16:15 – NBV-P – “Então disse-lhes: Vão ao mundo inteiro e preguem a boa-nova a todas as pessoas”.), e tem de ser também a nossa vontade, pois se somos amigos de verdade, queremos o bem dessa pessoa, que tenha conhecimento sobre a pessoa maravilhosa de Jesus e que esta é a única maneira de lhe proporcionar paz, amor, liberdade e salvação. Se no nosso quotidiano, nos mostrarmos diferentes daquilo a que os nossos amigos estão habituados no mundo (mas não chatos nem entediantes), se os tratarmos sempre com dignidade em todas as circunstâncias, eles verão que somos diferentes (para melhor) e serão atraídos à luz pela nossa atitude. Isto também é falar de Jesus a um amigo. Não devemos esquecer que um amigo verdadeiro é “alguém que crê em ti, mesmo quando tu deixaste de o fazer”.


Pajovi   2022


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  Se queremos triunfar na vida, não devemos criticar ninguém. Aqueles que criticam os outros são débeis, no entanto aquele que se autocrític...