sábado, 27 de abril de 2019

CONGREGAR OU NÃO NUMA IGREJA LOCAL?


Hoje em dia, existe a tendência de muitos crentes, acharem que podem ter um cristianismo sem igreja e por isso, abandonam a igreja e tentam viver a fé cristã sozinhos ou em pequenos grupos não convencionais. Será que isso é possível? Será que é certo?
A igreja organizada tal como a conhecemos desde sempre, está hoje no centro de acesas  discussões em praticamente todas as denominações Cristãs. O aparecimento de dezenas ou centenas de denominações evangélicas, a profissionalização (ser pastor não por vocação mas como profissão) do ministério pastoral, a procura de diplomas teológicos reconhecidos pelo Estado, a falta de crescimento das igrejas tradicionais, o fracasso das igrejas emergentes, tudo isso tem levado muitos a ficarem desencantados com a igreja institucional e organizada. Alguns simplesmente abandonaram a igreja e a fé. Mas outros querem abandonar apenas a igreja e manter a fé. Querem ser cristãos, mas sem a igreja.
Amigo/irmão se quiser ficar na sua casa, com a sua família e com alguns amigos e entenderem que essa é a forma bíblica de igreja, que assim o seja! Mas não se esqueçam que o resultado final, a prática que estão a adoptar é a mesma que a de uma igreja convencional. Alguém terá de ceder um local para as reuniões, terão que cumprir horários, alguém terá de louvar, pregar, ensinar e representar o grupo, essa prática não é outra coisa senão congregar num grupo informalmente organizado ainda que sem templo, e sem a constituição e a legalidade jurídica! Então, porque não fazê-lo numa igreja séria e sadia? Pelo menos lá a estrutura congregacional será melhor para todos.
Geralmente, quem critica a existência de igrejas organizadas, procura justificação nos evangelhos porque eles narram os episódios que ocorreram numa época em que as igrejas locais ainda não haviam surgido. As igrejas locais só começaram a aparecer a partir de Atos 2! A história diz-nos, que Jesus edificaria a sua igreja (Mt 16.18) e que ela deveria ser composta por um grupo unido que teria que zelar pela pureza interna, chegando a expulsar do seu meio os pecadores rebeldes (Mt 18.17).
Os cristãos anti-igreja (É estranho falar assim. Parece o mesmo que falar de médicos anti hospital) também afirmam que na presente dispensação, o templo do Espírito Santo é o corpo do crente, de forma que o cristão não precisa de ir à igreja, podendo adorar Deus dentro de si mesmo. Bem, isso é verdade, mas é só parte da verdade. O Novo Testamento diz que o templo do Espírito Santo não é só o corpo do cristão. Segundo o ensino “paulino”, os crentes da igreja de Éfeso formavam um “edifício” bem ajustado que "crescia" como um "templo santo", sendo todos "juntamente edificados para morada de Deus em Espírito".
Ef 2:20-22(ARA)20 edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular; 21 no qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para santuário dedicado ao Senhor, 22 no qual também vós juntamente estais sendo edificados para habitação de Deus no Espírito. Assim, segundo o apóstolo, os crentes unidos também formavam um “Templo Santo” e esse lado deve ser levado em conta quando se fala sobre o compromisso do crente com uma igreja local.
Deve-se acrescentar a tudo isso o facto de que o Novo Testamento dá importância vital à igreja como um grupo formalmente organizado.
●O trabalho missionário dos apóstolos consistia em formar igrejas locais com presbíteros separados para a obra e sustentados pela igreja local. 1 Tim.5:17-18 (ARA) 17 Devem ser considerados merecedores de dobrados honorários os presbíteros que presidem bem, com especialidade os que se afadigam na palavra e no ensino. 18 Pois a Escritura declara: Não amordaces o boi, quando pisa o trigo. E ainda: O trabalhador é digno do seu salário.
 At 14:23 (ARA) - E, promovendo-lhes, em cada igreja, a eleição de presbíteros, depois de orar com jejuns, os encomendaram ao Senhor em quem haviam crido.
●Depois fortalecê-las. At 15:41 (ARA) - E passou pela Síria e Cilícia, confirmando as igrejas. At 16:5 (ARA) - Assim, as igrejas eram fortalecidas na fé e, dia a dia, aumentavam em número.
●Os crentes mencionados na Bíblia primavam por se reunir como igreja. At 2:44-47 – 11:26, 1Cor 14:26. O autor aos Hebreus criticou os que abandonavam a sua congregação. Hb 10:25 (ARA)Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia se aproxima. E João disse que os que saíam da igreja (não de uma congregação) eram pessoas que não pertenciam ao povo salvo, 1 Jo 2.19.
Para que alguém congregue nos moldes fixados pela Bíblia é necessário que a pessoa se associe "formalmente" a uma igreja local, não sendo mero frequentador, mas  identificando-se com os demais discípulos e participando dos ideais, desafios, alegrias e lutas da comunidade (At 13.1-3; 14.27; 15.22,30-31; 2 Co 8.19). É necessário que esteja sob uma liderança eclesiástica constituída por pastores, diáconos e outros líderes que lhe deverão oferecer ferramentas para sua edificação espiritual (Ef 4.11-14 -  Fp 1.1; Hb 13.17).
Eu não tenho ilusões quanto ao estado actual da igreja. Ela é imperfeita e continuará assim enquanto eu (homens e mulheres imperfeitos) for membro dela. A teologia da Reforma não deixa dúvidas quanto ao estado de imperfeição (mas em continua aprendizagem e aperfeiçoamento), corrupção, falibilidade e miséria em que a igreja militante se encontra no presente, enquanto aguarda a vinda do Senhor Jesus, ocasião em que se tornará igreja triunfante. Ao mesmo tempo, ensina que não podemos ser cristãos sem ela. Que apesar de tudo, precisamos uns dos outros, precisamos da pregação da Palavra, da disciplina e dos sacramentos, da comunhão de irmãos e dos cultos regulares.

Pajovi      2019

quarta-feira, 17 de abril de 2019

O que é um pregador do evangelho?


O pregador do Evangelho não é alguém que comunica simplesmente a mensagem de Deus, ele tem de a viver. O pregador tem muito mais responsabilidade e tem de ser praticante dessa mesma palavra. Por isso, para ser um pregador é essencial que a sua vida esteja em ordem. É preciso ter comunhão constante com Deus, proximidade com o Pai, pois Deus é a fonte de onde o pregador tira as suas mensagens. Um pregador sem uma vida cheia do Espírito Santo fatalmente pregará mensagens vazias, ficará envergonhado e afastará os ouvintes. A fonte das mensagens do pregador é Deus. Deus deixou a Sua Palavra como a base de trabalho para o pregador. Um bom pregador não pode achar que já nasceu pronto. Alguns pregadores acabam por dar ao povo uma sopa rala e infantil, algumas vezes distorcendo o Evangelho e não alimentando o rebanho de Cristo com alimento sólido e sadio, sendo levado à tona por ventos de doutrinas estranhas às Escrituras.
A autoridade da pregação não está na eloquência ou sabedoria do pregador, mas no facto da mensagem apontar para Jesus

2 Timóteo 2:15-16
15Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade.
16 Evita, igualmente, os falatórios inúteis e profanos, pois os que deles usam passarão a impiedade ainda maior.

O pregador deverá estudar também com respeito pelo “silêncio” das Escrituras. Muitos erros podem ser evitados se tivermos o cuidado de não falar presunçosamente quando Deus não falou. Agir quando Deus não disse nada é mudar sua palavra.

1Coríntios 4:6 (ARA)
Ora, irmãos, estas coisas eu as apliquei figuradamente a mim e a Apolo, por amor de vós; para que em nós aprendais a não ir além do que está escrito, de modo que nenhum de vós se ensoberbeça a favor de um contra outro. 




Pajovi 2019

Triunfar sem criticar, é o princípio básico de um líder!

  Se queremos triunfar na vida, não devemos criticar ninguém. Aqueles que criticam os outros são débeis, no entanto aquele que se autocrític...