segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Violência Doméstica Parte 4

A violência verbal

Normalmente dá-se paralelamente à violência psicológica. Alguns agressores verbais dirigem a sua artilharia, contra outros membros da família, incluindo nos momentos, em estes estão na presença de outras pessoas, estranhas ao lar. Na decorrência de sua menor força física e da expectativa da sociedade, em relação à violência masculina, a mulher tende a especializar-se na violência verbal mas, de facto, esse tipo de violência não é monopólio das mulheres.

Por razões psicológicas íntimas, normalmente decorrentes de complexos conflitos, algumas pessoas utilizam-se da violência verbal, infernizando a vida de outras, querendo ouvir, obsessivamente, confissões de coisas que não fizeram. Atravessam noites nessa tortura verbal sem fim. "tu tens outra (o).... tu olhaste para fulana(o)... Confessa, tu querias ter ficado com ela (e) " e todo tido de questionamento, normalmente argumentados, sob o rótulo de um relacionamento, que deveria basear-se na verdade.
A violência verbal existe até na ausência de palavras, ou seja, até em pessoas que permanecem em silêncio. O agressor verbal, vendo que um comentário ou argumento é esperado para o momento, cala-se, emudece e, evidentemente, esse silêncio magoa mais do que se tivesse dito alguma coisa.
Nesses casos a arte do agressor está, exactamente, em demonstrar que tem algo a dizer e não diz. Aparenta estar doente mas não se queixa, mostra estar contrariado, "fica sisudo" mas não fala, e assim por diante. Ainda agrava a agressão quando atribui a si a qualidade de "estar quietinho no seu canto", de não se queixar de nada, causando maior sentimento de culpa nos demais.
Ainda dentro desse tipo de violência, estão os casos de depreciação da família e do trabalho do outro. Um outro tipo de violência verbal e psicológica, diz respeito às ofensas morais. Maridos e esposas costumam ferir moralmente quando insinuam que o outro tem amantes. Muitas vezes a intenção dessas acusações é mobilizar emocionalmente o(a) outro(a), fazê-lo(a) sentir-se diminuído(a). O mesmo peso de agressividade, pode ser dado aos comentários depreciativos sobre o corpo do(a) cônjuge.
CONTINUA
Pajovi      Queluz

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