Se existe um assunto que tem dividido opiniões e atrapalhado a comunhão no Corpo de Cristo, sem sombra de dúvidas, este assunto é a política. Quando falamos em militância partidária os estragos são ainda maiores, basta observar o que que tem sido compartilhado nas redes sociais durante as campanhas eleitorais. Infelizmente, muitos demonstram maior apreço por um determinado líder político, do que pelas boas novas do Evangelho.
Está escrito na Bíblia que o próprio Deus, colocou em vários momentos, os Seus servos em cargos políticos para a realização de trabalhos especiais. Por exemplo, José do Egito.
O próprio Deus o elevou a governador do Egito. O Egito era um país pagão, que adorava a outros “deuses”, mas mesmo assim Deus colocou lá José, para fazer a diferença no seu campo de atuação.
“Assim, não fostes vós que me enviastes para cá, e sim Deus, que me pôs por pai de Faraó, e senhor de toda a sua casa, e como governador em toda a terra do Egito.” Gênesis 45:8 (ARA)
Podemos também lembrarmo-nos do rei Davi, também
levantado por Deus para governar Israel no período dos reis.
Observe nestes dois exemplos, que crentes, foram
usados por Deus tanto em locais pagãos como dentro do próprio Israel, que era
considerado o povo de Deus no Velho Testamento.
Isto nos mostra numa primeira análise, que participar da política, não representa um pecado e pode ser uma missão de Deus, para algumas pessoas.
Vários servos de Deus participaram na política em toda
a bíblia.
Isto mostra também que o crente pode
participar da política. Não existem impedimentos bíblicos quanto a isto.
No entanto, o crente deve saber onde é que se
está a meter, pois uma das características da política é o “jogo sujo” e por
vezes a maldade e a “mentira”.
Um crente que participa em atividades políticas,
que está a pensar entrar em cargos políticos, deve ter em mente de que precisa de
honrar a Deus e saber lidar com as “desonestidades” existentes de uma forma
santa.
Cito como exemplo disso o profeta Daniel. Ele
também foi elevado por Deus a um alto cargo político na Babilónia.
Mas ele foi fiel a Deus, nem pensou duas
vezes em manter a sua posição justa, mesmo diante de ordens injustas, que
vieram para tentar desviá-lo.
Ele foi até mesmo lançado na cova dos leões
como resultado da sua postura de fidelidade aos princípios de Deus. (foi fiel
mesmo estando num país estrangeiro).
Isto nos leva a entender que a participação
do crente na política de forma saudável pode ser algo de bom para a sociedade,
pois sabemos que a política influencia muito em muitas questões de um país.
No entanto, não devemos ser, por exemplo,
como alguns reis de Israel que confiaram na política e em acordos políticos
acima de Deus, como se a política por si só fosse resolver todas as questões.
Este equilíbrio é muito necessário para que haja saúde na participação
política.
Além dos cargos políticos, muitos questionam
sobre uma participação mais ativa do crente nas questões políticas da sua
cidade, ou país.
Aqui também não temos impedimentos bíblicos para
este tipo de participação, desde que as causas sejam justas e corretas diante
de Deus.
Quando Deus enviou o seu próprio povo como
escravos para a Babilônia, Ele mandou que o profeta Jeremias os orientasse:
O crente deve orar e perseverar sempre por
causas justas, mas tem de ter muito cuidado, para não se deixar manipular, nem procurar
“guerras” para que a sua visão política prevaleça!
Militâncias políticas injustas, que ferem a
vontade do Senhor, certamente o desagradarão e não trarão bênçãos duradouras
àquela causa.
O livro de provérbios trabalha muito bem este
tema quando ensina:
“Não
havendo sábia
direção,
cai o povo, mas na multidão de conselheiros há segurança.” Provérbios 11:14
(ARA).
Um exemplo interessante sobre isto é quando
temos crentes posicionados, por exemplo, contra políticos que querem aprovar
leis a favor do abordo e de outras coisas chocantes, como a morte assistida
entre outras situações!
Estas são causas injustas e os crentes devem de
se posicionar como luz do mundo, mostrando a verdade de Deus!
Desta forma, concluo a dizer que se Deus o chamar
para trabalhar em pequenos ou grandes cargos políticos, coloque isso diante do
Senhor e se for da sua vontade, dedique-se ao trabalho com honestidade e
retidão.
Faça como os grandes servos, como José do
Egito, Moisés, Davi, Daniel, que não foram perfeitos, mas mostraram fidelidade
ao Senhor e à missão dada por Ele.
Não permita que as maldades do mundo político,
penetrem no seu coração, nem permita que a sedução do poder, eleve o seu
orgulho a ponto de se desviar dos propósitos de Deus:
“Antes, ele dá maior graça; pelo que diz: Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes.” Tiago 4:6 (ARA)
Se existe um assunto que tem dividido opiniões e atrapalhado a comunhão no Corpo de Cristo, sem sombra de dúvidas, este assunto é a política. Quando falamos em militância partidária os estragos são ainda maiores, basta observar o que que tem sido compartilhado nas redes sociais durante as campanhas eleitorais. Infelizmente, muitos demonstram maior apreço por um determinado líder político, do que pelas boas novas do Evangelho.
Mas, como tudo deve ser, precisamos de equilíbrio e uma perceção bíblica para não cairmos no partidarismo, condenado nas Escrituras:
“Nada façais por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo.” Filipenses 2:3. (ARA)
A palavra
“partidarismo” (eritheia na língua
grega) tem como uma de suas definições a “propaganda eleitoral ou intriga por
um ofício”, que tem origem exatamente na disputa de partidos políticos, ou
seja, não devemos criar partidos no nosso meio, devemos considerar os nossos
irmãos superiores a nós mesmos. Neste sentido, devemos compreender que preferências políticas não
devem criar divisão na igreja do Senhor.
Pajovi
2024
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