segunda-feira, 7 de outubro de 2024

Silêncios.

 

“Silêncios”

Desde sempre, me lembro de ouvir a grande maioria dos pregadores, durante as suas pregações, afirmarem que a palavra falada tem um grande poder. Sim é verdade, mas também não é menos verdade, que o silêncio, pode e tem, em determinados momentos, um efeito poderoso! Alguns textos Bíblicos ensinam-nos e aconselham-nos sobre os “silêncios”. Em Provérbios 17:28 lemos: “Até um tolo pode passar por sábio e inteligente se ficar calado.” (NTLH). O importante é sabermos quando devemos ficar calados, silenciosos, apenas a escutar o que os outros dizem.

Em vez de levantar suspeitas ou intrigas, ou mesmo críticas destrutivas. Situações estas, que são um comportamento inadequado a um cristão e que na sua essência, podem arruinar a reputação de outrem e também de quem intervém. Nestas situações, mantenha o “silêncio”. Em Provérbios 11:13 lemos: “Quem muito fala trai a confidência, mas quem merece confiança guarda o segredo” (NVI).

Em vez de ofender os outros, quer estejam ao seu redor ou ausentes. Mantenha o “silêncio”. Lembre-se das “marcas” que as suas palavras podem deixar. Pode argumentar; e se o outro me ofendeu primeiro? Neste caso leia o que diz em 1Pedro 3:15-17 – “antes santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração, estando sempre preparados para responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós, fazendo-o, todavia, com mansidão e temor, com boa consciência, de modo que, naquilo que falam contra vós outros, fiquem envergonhados os que difamam o vosso bom procedimento em Cristo, porque, se for da vontade de Deus, é melhor que sofrais por praticardes o que é bom do que praticando o mal.” (ARA). No momento atual em que se vivem crises profundas, quer no aspeto social, quer no lado conflituoso (Guerras terríveis entre povos e nações). Muitas pessoas tentam isolar-se socialmente, mas essa não é certamente a maneira mais correta de agradarmos a Deus. Mas o “silêncio” interior, que nos leva a abstrairmo-nos do mundo e a olhar mais para Deus esse sim. Porque no “silêncio” podemos ouvir melhor a voz de Deus. Um dos meus “pais” na fé (o saudoso Hermano da Fonseca da A. D. Amadora) costumava dizer-me; “por vezes, precisamos de baixar o volume de som do mundo e aumentar o volume da voz de Deus”. Esta frase não diz respeito apenas a desligarmos a televisão ou o rádio, mas sim ao facto de que precisamos de nos alimentar mais da Palavra de Deus, de ter mais comunhão com Deus e com o Espírito Santo. Quando alimentamos mais e mais a nossa mente e espírito com a palavra, maior é a nossa comunhão com Deus e com o Espírito Santo, tornando maior o nosso discernimento espiritual. E isto só se consegue quando estamos em “silêncio” para o mundo. Em Romanos 8:5-8 lemos: Quem vive segundo a carne tem a mente voltada para o que a carne deseja; mas quem, de acordo com o Espírito, tem a mente voltada para o que o Espírito deseja. A mentalidade da carne é morte, mas a mentalidade do Espírito é vida e paz; a mentalidade da carne é inimiga de Deus porque não se submete à lei de Deus, nem pode fazê-lo. Quem é dominado pela carne não pode agradar a Deus. (NVI). Ao usarmos o nosso tempo com o que é espiritual, alimentamos os pensamentos com o que vem do “Alto” e deixamos de nos alimentar com o “barulho” da sociedade. Viva os seus “silêncios” em comunhão com Deus.

 

Pajovi 2024

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