“Silêncios”
Desde sempre, me lembro de ouvir a
grande maioria dos pregadores, durante as suas pregações, afirmarem que a
palavra falada tem um grande poder. Sim é verdade, mas também não é menos
verdade, que o silêncio, pode e tem, em determinados momentos, um efeito
poderoso! Alguns textos Bíblicos ensinam-nos e aconselham-nos sobre os
“silêncios”. Em Provérbios 17:28 lemos: “Até um tolo pode
passar por sábio e inteligente se ficar calado.” (NTLH). O importante é sabermos quando
devemos ficar calados, silenciosos, apenas a escutar o que os outros dizem.
Em vez de levantar suspeitas ou
intrigas, ou mesmo críticas destrutivas. Situações estas, que são um
comportamento inadequado a um cristão e que na sua essência, podem arruinar a
reputação de outrem e também de quem intervém. Nestas situações, mantenha o
“silêncio”. Em Provérbios 11:13 lemos: “Quem muito fala
trai a confidência, mas quem merece confiança guarda o segredo” (NVI).
Em vez de ofender os outros, quer
estejam ao seu redor ou ausentes. Mantenha o “silêncio”. Lembre-se das “marcas”
que as suas palavras podem deixar. Pode argumentar; e se o outro me ofendeu
primeiro? Neste caso leia o que diz em 1Pedro 3:15-17 –
“antes santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração, estando sempre
preparados para responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há
em vós, fazendo-o, todavia, com mansidão e temor, com boa consciência, de modo
que, naquilo que falam contra vós outros, fiquem envergonhados os que difamam o
vosso bom procedimento em Cristo, porque, se for da vontade de Deus, é melhor
que sofrais por praticardes o que é bom do que praticando o mal.” (ARA). No momento atual em que se vivem
crises profundas, quer no aspeto social, quer no lado conflituoso (Guerras
terríveis entre povos e nações). Muitas pessoas tentam isolar-se socialmente,
mas essa não é certamente a maneira mais correta de agradarmos a Deus. Mas o
“silêncio” interior, que nos leva a abstrairmo-nos do mundo e a olhar mais para
Deus esse sim. Porque no “silêncio” podemos ouvir melhor a voz de Deus. Um dos
meus “pais” na fé (o saudoso Hermano da Fonseca da A. D. Amadora) costumava
dizer-me; “por vezes, precisamos de baixar o volume de som do mundo e
aumentar o volume da voz de Deus”. Esta frase não diz respeito apenas a
desligarmos a televisão ou o rádio, mas sim ao facto de que precisamos de nos
alimentar mais da Palavra de Deus, de ter mais comunhão com Deus e com o
Espírito Santo. Quando alimentamos mais e mais a nossa mente e espírito com a
palavra, maior é a nossa comunhão com Deus e com o Espírito Santo, tornando
maior o nosso discernimento espiritual. E isto só se consegue quando estamos em
“silêncio” para o mundo. Em Romanos 8:5-8 lemos: Quem vive
segundo a carne tem a mente voltada para o que a carne deseja; mas quem, de
acordo com o Espírito, tem a mente voltada para o que o Espírito deseja. A
mentalidade da carne é morte, mas a mentalidade do Espírito é vida e paz; a
mentalidade da carne é inimiga de Deus porque não se submete à lei de Deus, nem
pode fazê-lo. Quem é dominado pela carne não pode agradar a Deus. (NVI). Ao usarmos o nosso tempo com o que é
espiritual, alimentamos os pensamentos com o que vem do “Alto” e deixamos de
nos alimentar com o “barulho” da sociedade. Viva os seus “silêncios” em
comunhão com Deus.
Pajovi 2024
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