quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

A RESPONSABILIDADE SOCIAL DO CRISTÃO

A nossa fé em Cristo, leva-nos necessariamente a intervir a favor do próximo. Sempre que essa acção faltar, é porque na verdade há falta de fé e desobediência à vontade de Deus.
Por isso, apontando para a responsabilidade social que nos cabe como cristãos, devemos, antes de mais nada, confessar que muito temos pecado diante do Senhor, pela nossa omissão.
Quantas vezes aconteceu, termos conhecimento de alguém que estava a passar fome e não lhe demos de comer? De alguém em dificuldades e não lhe demos atenção?
Nós ao alhearmo-nos dos problemas das nossas comunidades, ou fecharmos os olhos, diante do que se passa ao redor de nossos templos, estamos a contrariar a vontade de DEUS.
 Ao omitirmos o que se passa na sociedade, fechando os olhos diante das injustiças sofridas por pessoas ao nosso redor, estamos a contrariar a vontade do nosso DEUS.
 Nós assim, ao ignorarmos o sofrimento de povos e indivíduos em todo o mundo, estamos a contrariar a vontade do nosso DEUS.
 Agindo assim, tornamo-nos desobedientes e negamos aquele que confessamos como nosso Senhor.
 Cabe-nos pois como cristãos, como comunidade e como Igreja inserida na sociedade, reconhecer a nossa culpa, arrepender-nos e pedir perdão, expressando tudo isto numa ação eficaz, obedecendo assim à vontade do nosso SENHOR E SALVADOR JESUS CRISTO.
Como cristãos confessamos que a vida é uma dádiva de Deus. Tudo o que somos, e tudo quanto temos, DELE provêm; As nossas capacidades técnicas e intelectuais, a natureza e o mundo.
 A responsabilidade pelo uso de tudo isto é nossa mas, devemo-la ao próprio DEUS (Gen. 1:26-28). Ao nosso lado encontram-se os nossos semelhantes, igualmente agraciados(Isa. 11:1-10), não temos pois o direito de fazer uso deles, pelo contrário, devemos garantir-lhes tudo quanto lhes é de direito. Por tudo que fizer-mos, iremos prestar contas ao Criador, Senhor único de todos os homens.
A boa sociedade compreende para todos, trabalho, saúde, habitação, sustento, cultura,  lazer, convivência e liberdade. Sempre que um desses elementos faltar para um só ou mais seres humanos, observamos um mundo caído, rebelde para com DEUS (Rm. 1:28-32). A consciência cristã acusa o pecado, tanto na esfera individual como na social (Rm. 3:9-18). O excesso e o abuso, bem como as distorções destes elementos, são o outro lado da moeda: Sustento sem trabalho próprio e às custas do alheio (IITs. 3:10-13); consumismo esbanjador em vez de sustento básico (Ex. 20:8-11); trabalho escravo sem lazer, convivência marginalizada sem escola (Jr. 6:11-17); subsistência sem liberdade, são apenas algumas das possibilidades (Is. 5:8).
 Destruição da natureza, concentração de riqueza, emprego da força, infracção dos direitos dos outros são apenas algumas das consequências daquelas distorções fundamentais (Am. 5:7, 10-12).
Contudo, onde a consciência acusa, o Evangelho levanta a voz profética para chamar ao arrependimento, à libertação e à mudança radical (Mc. 1:15). O Evangelho é o próprio Jesus Cristo, que sofreu pelo mundo caído para libertar o homem pecador (Lc. 4:18-21). Por isso também hoje não conseguimos ver Deus no progresso, mas sim naqueles que são por ele triturados não no poder, mas naqueles que são por ele abatidos, não no dinheiro, mas naqueles que não têm como comprar o elementar para suas vidas (Mc 8.34-38).

Paulo Vilela     

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