quinta-feira, 30 de março de 2017

A FÉ E A REALIDADE DA VIDA

Isaías 26:3-6 (ARA)
 Tu, SENHOR, conservarás em perfeita paz aquele cujo propósito é firme; porque ele confia em ti.
 Confiai no SENHOR perpetuamente, porque o SENHOR Deus é uma rocha eterna;
 porque ele abate os que habitam no alto, na cidade elevada; abate-a, humilha-a até à terra e até ao pó.
 O pé a pisará; os pés dos aflitos, e os passos dos pobres.

Quais são as expectativas que temos de Deus diante dos acontecimentos ao nosso redor? Muitas pessoas vêm à igreja esperando receber o que Deus nunca prometeu.
A experiência dos cristãos não se baseia na ideia que muitos têm de como deveria ser a vida do cristão. É preciso entender que o bem-estar verdadeiro não deve estar totalmente voltado para as circunstâncias externas. Se pensa que a verdadeira fé significa ter a certeza de que tudo ocorrerá de forma favorável aos seus planos, provavelmente está próximo de uma decepção espiritual. A maturidade cristã depende da maneira como compreendemos o que é realmente a fé, diante dos ganhos e percas da vida. Qual a base para o desenvolvimento da fé genuína?

As pessoas de uma maneira geral vêem o conceito de felicidade, como sendo a ausência de factos ou situações desconfortáveis e a presença de tudo que lhes dá prazer e conforto. Assim, muitos cristãos acham que a fé verdadeira tem que estar de acordo com esse parâmetro. Imaginam a fé como se ela pudesse levar Deus a agir como eles acham que deve ser. Conforme esse padrão de felicidade e fé, podemos concluir que quase não há pessoas felizes e fervorosas na Bíblia. No entanto, os exemplos bíblicos que mostram fé e felicidade desta forma são de pessoas que estavam em crise espiritual, revelando assim a sua imaturidade no relacionamento com Deus. Chegaram até a considerar em vão a sua experiência espiritual.
Salmo 73:1-3 e 13 (ARA)- 1- Com efeito, Deus é bom para com Israel, para com os de coração limpo. 2- Quanto a mim, porém, quase me resvalaram os pés; pouco faltou para que se desviassem os meus passos. 3- Pois eu invejava os arrogantes, ao ver a prosperidade dos perversos. 13 Com efeito, inutilmente conservei puro o coração e lavei as mãos na inocência.  Assim, é preciso analisar a relação da fé com as adversidades.

São vários os exemplos bíblicos de pessoas com genuína fé em Deus. Curiosamente, porém, quase nenhumas delas viveram sem passar por circunstâncias difíceis. A galeria dos heróis da fé em Hebreus 11, bem poderia ser chamada de galeria dos que “aprenderam a viver contentes em toda e qualquer situação.”
Filipenses 4:1 (ARA)- Digo isto, não por causa da pobreza, porque aprendi a viver contente em toda e qualquer situação..  O apóstolo Pedro aconselha-nos a não estranharmos “o fogo ardente... Destinado a provar-vos”. I Pe 4:12-14(ARA) - 12 Amados, não estranheis o fogo ardente que surge no meio de vós, destinado a provar-vos, como se alguma coisa extraordinária vos estivesse acontecendo; 13 pelo contrário, alegrai-vos na medida em que sois co-participantes dos sofrimentos de Cristo, para que também, na revelação de sua glória, vos alegreis exultando. 14 Se, pelo nome de Cristo, sois injuriados, bem-aventurados sois, porque sobre vós repousa o Espírito da glória e de Deus
O cristão não deve ser conformista ou masoquista diante dos problemas, mas deve encará-los como oportunidades para mostrar o que a fé tem de melhor. É nesse sentido que Jesus disse que não veio trazer paz à terra, porém espada.

 Como é que o cristão deve encarar as dificuldades que o cercam? Elas existem na vida do cristão porque lhe falta fé suficiente?
Consegue associar as adversidades com o contexto do conflito entre Deus e satanás? Quem é o causador e quem permite? Por quê?

O profeta Habacuque revela que a fé nos enleva a uma atmosfera onde a alegria verdadeira tem uma única fonte que é Deus.
Hb 3:17-19 (ARA) - 17 E contra quem se indignou por quarenta anos? Não foi contra os que pecaram, cujos cadáveres caíram no deserto? 18 E contra quem jurou que não entrariam no seu descanso, senão contra os que foram desobedientes? 19 Vemos, pois, que não puderam entrar por causa da incredulidade.
Ele sabia por experiência própria que a alegria vinda de Deus não depende de circunstâncias. Por isso Jesus diz em: João 15:11(ARA) - Tenho-vos dito estas coisas para que o meu gozo esteja em vós, e o vosso gozo seja completo. O cristão aprende a olhar para além das nuvens escuras na certeza de que o Sol logo voltará a brilhar. Considere isto: Qual foi a sua reacção diante da última crise que enfrentou? 

O apóstolo Paulo dá-nos um excelente conselho:
Rom: 12:12 (ARA) - regozijai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, na oração, perseverantes; Este conselho mostra-nos a base para experimentarmos a real maturidade cristã. Para termos paciência diante das adversidades e nos alegrarmos na esperança, precisamos ser perseverantes na oração. Isaías divisou o tempo quando a alegria será eterna e os eventos serão somente para a satisfação dos remidos. Is 35:10 (ARA) - Os resgatados do SENHOR voltarão e virão a Sião com cânticos de júbilo; alegria eterna coroará a sua cabeça; gozo e alegria alcançarão, e deles fugirá a tristeza e o gemido.  Devemos viver com esta convicção. A genuína fé é caracterizada não por acharmos que a confiança poderá mudar os planos de Deus e que tudo aconteça como queremos, mas sim pela capacidade de esperar sempre n´Ele.
A nossa vida de comunhão com Deus tem sido suficiente para desenvolver paciência diante das tribulações? Se não, como podemos melhorar?

Um homem cujo coração se firme em Deus, será na hora de sua maior prova o mesmo que era na sua prosperidade, quando a luz e o favor de Deus e do homem incidiam sobre ele. A fé alcança o invisível e apega-se a realidades eternas.


Pajovi

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