terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

ENVELHECIMENTO, SINÓNIMO DE SOLIDÃO?


Será que quando envelhecemos também ficamos mais sozinhos? Envelhecer implica solidão? Eu acredito que não, tudo depende de cada um de nós e da forma como encaramos a velhice.
A solidão pode e deve ser combatida, não só pela própria pessoa, mas também pela sociedade. Se a sociedade e a igreja criarem condições adequadas para o combate a este estigma, as pessoas terão de certeza absoluta alternativas à solidão. Será que estão as Igrejas evangélicas, a cuidar convenientemente dos seus velhos?
O ser humano é psicossocial, logo não acredito que se isole de ânimo leve e voluntariamente. Nunca devemos esquecer que solidão, não é sinónimo de isolamento. E este último pode ser auto imposto. Em qualquer dos casos há sempre muito a fazer. Não acredito que ao envelhecer ficamos mais sozinhos, quero acreditar que à medida que envelhecemos, vamos sim aprendendo a lidar com a solidão e a viver connosco próprios. Quando não conseguimos lidar, com uma imagem total de nós e da nossa relação com os outros, então acredito que seja nessa altura que se manifestam “os sintomas” da solidão. Sendo o ser humano um ser social, se não houver uma integração integral e adequada, da representação das relações e do que é a solidão, então nunca saberemos o que é sermos nós próprios, mesmo na presença dos outros.
Estudos indicam que os idosos devem permanecer no seio familiar o mais tempo possível, no entanto, com a sociedade actual, cada vez mais a institucionalização é uma das primeiras opções da maioria dos familiares. Será correcto? (Institucionalização é quando alguém está durante todo o dia entregue aos cuidados de uma instituição que não a sua família). Infelizmente em Portugal é assim que acontece, o idoso quase nunca tem o direito da última palavra nem da escolha, é muito mais simples institucionalizar quando começa a dar mais trabalho. Espero que tal não aconteça no seio das famílias e das Igrejas Cristãs. Existem outras alternativas de apoio aos idosos, sem que estes tenham de sair do seio familiar e social.
A partir do momento da reforma, na grande maioria das vezes, os idosos são descartados e considerados como inactivos e inúteis para a sociedade, sendo desta forma excluídos da mesma. Cabe a todos nós, em especial à comunidade cristã, mudar mentalidades e atitudes, com vista a uma inclusão social deste grupo que ainda tem tanto para oferecer.
De facto ser idoso não significa ser inútil. Ser idoso é apenas mais uma etapa deste ciclo, que é a nossa vida e passagem pela terra.
A grande maioria das pessoas com 65 anos ou mais, são ainda bastante activas e produtivas. De facto, se conseguirmos aproveitar o que de bom este grupo tem para oferecer, conseguiremos ter uma sociedade mais rica, não apenas em termos monetários mas principalmente a nível social e cultural.
Os jovens de hoje serão os idosos de amanhã, por isso se queremos ser respeitados amanhã, respeitemos hoje!

PAJOVI 

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